Governo colombiano e ELN vão retomar diálogos de paz em breve

Depois do bem-sucedido acordo de paz com as Farc, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos anunciou em Davos que a negociação com o ELN (Exército de Libertação Nacional) vão começar no dia 8 de fevereiro em Quito, no Equador.

Exército de Libertação Nacional - ELN - Divulgação

Delegações de do governo e da guerrilha estão reunidas capital equatoriana desde a semana passada para preparar um pré-acordo e dar início às conversações.

Durante a coletiva de imprensa, o presidente disse que não pode dar detalhes sobre os pontos assegurados até o momento. A imprensa especula sobre a libertação do ex-congressista Odín Horacio Sánchez Montesdeoca, detido pela guerrilha. Este foi um dos pontos mais difíceis de conquistar um acordo para começar os diálogos: a libertação de pessoas detidas pelo ELN.

"O que eu posso dizer é que nós chegamos a um acordo. Você vai se lembrar que nós tínhamos imposto uma série de condições como a libertação de uma pessoa, isso já foi acordado e as datas de libertação já estão prontas… há uma data específica, antes da mencionada, para iniciar oficialmente os diálogos, em que Odín Sánchez tem de ser libertado. Eu confio que assim será", disse Santos que também agradeceu ao governo do Equador pelo apoio até o momento na negociação.

Fundado em 1965, o ELN é a segunda maior guerrilha da Colômbia. Muito ligado a movimentos religiosos, o ELN chegou a ter dirigentes padres e sempre recusou o envolvimento com o narcotráfico. A principal linha de atuação da guerrilha é a sabotagem de empresas petroleiras, por isso a concentração dos guerrilheiros se dá principalmente nas regiões do país onde há esse tipo de indústria.