Consulta do Senado sobre liberação da maconha tem "sim" ganhando 

A consulta pública aberta no site do Senado sobre a "regulação do uso recreativo, medicinal e industrial da maconha", tem a aprovação da ampla maioria das pessoas que participaram da enquete. Segundo o site, mais de 11,6 mil pessoas são favoráveis a liberação do uso da maconha, contra apenas 670 que dizem que não querem ver o uso da erva regulamentado.

Colômbia regulamenta uso medicinal de maconha

Apesar da consulta estar aberta desde 2014, mais de 6,9 mil votos foram registrados nas últimas 24 horas.

De acordo com o regimento interno do Senado, qualquer cidadão pode propor um projeto, sob o nome de ideia legislativa. Caso, em quatro meses ela receba a adesão de 20 mil pessoas, ela vira uma sugestão legislativa e é encaminhada e é encaminhada à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

A proposta para regularizar o uso da maconha é de autoria de André Kiepper. O analista de gestão em saúde da Fundação Oswaldo Cruz alega que "o mercado não regulado de maconha gera violência, crimes e corrupção" e que: "o usuário é penalizado e milhares de jovens estão presos por tráfico".

" Eu nasci perto de uma comunidade. Durante a minha infância, em frente à minha casa, ou seja, em frente à comunidade, vi alguns de seus moradores serem executados à queima-roupa. A explicação que se tinha era de que coisa boa não era. Hoje me pergunto: pessoas estão se matando neste país por algo que, em outros países, é remédio? Qual é a lógica desta guerra? E se eu tivesse nascido a alguns quarteirões da minha casa, na comunidade, eu estaria vivo? Por isso penso que esta iniciativa mostra que o tempo do puro debate acabou. Já sabemos de todas as respostas", declarou André em entrevista ao Blog Almanaque das Drogas. 

Maconha para fins medicinais 

A agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou dezembro de 2016 a lista de produtos com canabidiol, derivados da maconha, que podem ser importados por pessoa física, para uso próprio, em um processo mais simples no Brasil.

São 7 novos produtos, quase todos fabricados nos Estados Unidos, que poderão ser importados por brasileiros que precisam de acesso ao canabidiol, em associação com outros canabinóides, como o THC, para tratamentos médicos. O acesso aos produtos deverá ser feito por meio de prescrição médica com indicação da opção de tratamento. A autorização excepcional possui validade de um ano.