Nicolás Maduro diz estar disposto a manter diálogo com Trump

 O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (16) que seu país está disposto a estabelecer relações baseadas no respeito mútuo com o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Nicolás Maduro - AVN

“A Venezuela ratifica seu desejo histórico, desde Simón Bolívar, de ter relações de respeito, comunicação e cooperação com os Estados Unidos da América”, disse o presidente depois de se reunir com o secretário-geral da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em Caracas.

Para Maduro, haverão grandes mudanças na geopolítica mundial e uma delas será a “era Trump”. “Eu acredito que as mudanças na geopolítica mundial estarão marcadas por pluripolaridade e multicentrismo. A Venezuela está na onda destas mudanças, de um mundo de paz, de respeito, estamos bem localizados”.

Maduro também criticou a administração do atual presidente norte-americano, Barack Obama que não mudou a política bélica de seu país e o a invasão sistêmica de outros territórios soberanos e deixa “um legado de guerra e desestabilização”.

Neste sentido, o presidente venezuelano cultiva esperança na nova administração. "Sobre o presidente Donald Trump os grandes meios de comunicação internacionais têm especulado muito e somos surpreendidos com a campanha de ódio que há contra Donald Trump (…). Eu digo, esperemos, para ver o que acontece, não nos antecipemos aos acontecimentos”.

Para Maduro, Obama deixou um legado que os grandes meios de comunicação tentam esconder. “Destruiu desde a África até o Oriente Médio com guerras, deixa o mundo enfestado de terrorismo”, denunciou.

Destacou ainda que Obama foi responsável por três golpes de Estado na América Latina – Manuel Zelaya em Honduras em 2009, Fernando Lugo no Paraguai em 2011 e Dilma Rousseff no Brasil em 2016. Além das tentativas de golpe contra Evo Morales, na Venezuela, as campanhas de desestabilização do governo de Daniel Ortega, na Nicarágua, a tentativa de assassinato do presidente Rafael Correa, no Equador e a crise na Venezuela.