Rafael Correa: “A ordem mundial não é só injusta, é imoral”

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta sexta-feira (13) que “a ordem mundial não é só injusta, é imoral”, pois “tudo é em função do mais poderoso”.

Rafael Correa

Em Nova York, Estados Unidos, onde o Equador recebe da Tailândia a presidência pro tempore do G-77 mais China, o presidente criticou que no mundo globalizado as liberdades financeira e de mercadoria são estimuladas, mas a mobilidade de conhecimento é impedida e a “mobilidade humana é criminalizada”, em referência aos refugiados e migrantes, assim como à criação de muros nas fronteiras.

O presidente disse que “atualmente a superação da pobreza é o maior dever moral do planeta”, pois “as grandes desigualdades que observamos criaram democracias restritas e claramente fictícias”.
“A ideia de que o livre comércio beneficia a todos é uma falácia”, declarou Correa, e assegurou que “a globalização não busca criar cidadãos do mundo, mas consumidores mundiais”.

Também, ressaltou que somente mediante uma justa redistribuição da riqueza os problemas sociais do planeta serão resolvidos. Por isto, o presidente equatoriano chamou a buscar uma melhor forma de organizar a vida no planeta através da unidade dos povos e buscar uma nova forma de gerir o conhecimento para alcançar o desenvolvimento econômico.

Correa assegurou que enquanto o Equador estiver à frente do G-77 mais China, continuará “o trabalho pela promoção da igualdade econômica no mundo”, a qual só pode ser alcançada ao garantir a soberania e a paz dos povos.

“Necessitamos de uma ação global para acabar com esta forma de capitalismo selvagem”, ressaltou o presidente equatoriano.

Agradeceu, ainda, ao G-77 mais China por nomear o Equador para a responsabilidade de liderar o grupo.