Lava Jato perdeu o pudor e o senso de ridículo, diz Lula

"O delegado Márcio Anselmo e a Operação Lava-Jato, perderam hoje qualquer pudor ou senso de ridículo", diz o trecho da nota divulgada pelo Instituto Lula, sobre a decisão do delegado da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente, o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e outras quatro pessoas, entre os quais op advogado do ex-presidente Roberto Teixeira na Operação Lava Jato.

Ministro do STF volta atrás e retira crítica à defesa de Lula - Foto: Agência Brasil

Segundo a nota, o delegado Marcio Anselmo deveria se declarar suspeito, pois "já emitiu ataques ao ex-presidente no Facebook dizendo que 'alguém precisa parar essa anta', e defendeu o candidato Aécio Neves".

"Ao invés de se declarar suspeito para atuar nos casos envolvendo o ex-presidente, apresenta um relatório sem qualquer base factual e legal ou fundamento lógico", completa a nota.

O relatório apresentado pelo delegado trata do apartamento vizinho ao do ex-presidente, o qual ele paga aluguel, e um terreno que jamais foi e onde jamais funcionou o Instituto Lula, que tem uma única sede, adquirida em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e Estudos do Trabalhador (IPET), entidade que antecedeu o Instituto Cidadania e o Instituto Lula.

"Perguntas foram encaminhadas pela Polícia Federal ao ex-presidente apenas na última quarta-feira, com prazo de dois dias para respostas, que foram enviadas às 20:30 de sexta-feira", denuncia.

A nota ressalta ainda que a medida acontece "no mesmo dia em que pesquisas revelam que Lula lidera a corrida presidencial, e quando outro processo fútil da Lava Jato, sobre um tríplex do Guarujá que tentam atribuir a propriedade ao ex-presidente e alguma relação com desvios da Petrobras, tem suas testemunhas afirmando que Lula e sua família jamais tiveram as chaves do tal apartamento ou sua propriedade".

E finaliza: "As práticas contra Lula consistem em mais um exemplo de "lawfare" e foram denunciadas por seus advogados perante o Alto Comissariado de Diretos Humanos das Nações Unidas. O governo brasileiro tem até o dia 27 de janeiro para responder contra os abusos de autoridade cometidos com fins políticos contra o ex-presidente da República".