Adilson Araújo: "Querem lançar o país no tempo da escravidão"

Centrais sindicais e movimentos sociais e políticos se reuniram na manhã desta sexta-feira (25) em frente ao INSS, em São Paulo, no Dia Nacional de Lutas, com paralisações, greves e mobilizações. O ato unificado das centrais protesta contra a retirada de direitos representada pelas reformas da previdência e trabalhista e pela PEC 55, que congela investimentos sociais por 20 anos.

Adilson Araújo, CTB - CTB

O presidente da CTB, Adilson Araújo, foi um dos que discursou e enfatizou a importância do movimento sindical neste processo de resistência política democrática ao desmonte dos direitos e das conquistas trabalhistas dos últimos 70 anos, desde que a Consolidação das Leis Trabalhistas foi criada no país.

"Movimento sindical vai se dando conta do tamanho de sua responsabilidade. É bom que a gente possa compreender que nós levamos 70 anos para conseguir uma cesta básica de direitos. E é lamentável que fruto do golpe em 200 dias tenha se praticado mais de 500 medidas para penalizar a tão sofrida classe trabalhadora", disse Araújo.

O dirigente também destacou o fato de que há hoje uma sintonia entre os poderes no intuito de aprovar medidas que restrinjam garantias trabalhistas e desregulamentem o trabalho como o conhecemos hoje.

"Aqueles que advogaram a tese do impedimento da presidenta Dilma defendem uma agenda ultraliberal. Eles querem, sob o discurso da modernidade, apoiar medidas que remetem ao Brasil ao tempo sa escravidão", concluiu.