Para Temer, prisão do ex-governador não afeta o PMDB

Ao comentar a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, Michel Temer disse nesta quinta-feira (17) que o PMDB continuará cumprindo um “papel relevante”. Segundo o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, Temer disse que o partido tem milhões de filiados e deve ser “analisado na plenitude de todas as suas ações”.

Temer recebe o ministro Geddel Vieira Lima e líderes do Senado Federal. - Foto: Marcos Corrêa

Temer foi presidente nacional do partido e é presidente de honra da legenda. Cabral foi preso nesta quinta pela Operação Lava Jato, acusado de receber propinas de construtoras durante seus dois mandatos como governador. Durante coletiva à imprensa, o porta-voz respondeu a questões enviadas pelos jornalistas sobre as implicações da prisão de Cabral para o governo e o PMDB.

“O presidente da República lembra que o PMDB tem mais de dois milhões de filiados que militam na atividade política e tem de ser analisado na plenitude de todas as suas ações em relação ao país.

O partido continuará a cumprir seu papel relevante para a história brasileira”, disse Parola.

Mais uma vez, Temer disse que “não há interferência” do governo na Lava Jato. Quanto à possibilidade de as investigações atingirem outros políticos cariocas, como o atual secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, o presidente disse confiar no mesmo. “O ex-governador Moreira Franco, que comandou o estado do Rio de Janeiro na década de 80, goza da confiança do Presidente da República”, afirmou o porta-voz.

Sobre as manifestações no Rio e o risco de elas ganharem força contra o governo federal, o presidente voltou a defender o diálogo com lideranças políticas e a sociedade para “resgatar a economia”, e disse que tem feito de tudo “para pacificar o país e evitar que surjam novos conflitos”.