Farc: pacto de paz com Governo colombiano é plural e definitivo

O líder das insurgentes Farc, Timoleón Jiménez, afirmou, nesta sexta-feira (18), que o recente pacto de paz assinado com o Governo colombiano é definitivo, plural, inclusivo, e de implementação possível.

Operação militar do Exército da Colômbia - Farc

Em sua conta no Twitter, o comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia reiterou a disposição desse movimento rebelde, o maior envolvido na guerra interna, para cumprir o que foi determinado depois de mais de quatro anos de conversas públicas entre ambas as partes.

"A guerrilha está pronta e pendente das orientações para fazer realidade o Acordo Definitivo, visando uma paz estável e duradoura", acrescentou Jiménez.

Depois de nove dias de debates na capital cubana, no último sábado, porta-vozes governamentais e das Farc apresentaram os detalhes do atual documento, derivado do consenso anterior oficializado em Cartagena de las Índias, em 26 de setembro, e rejeitado pela maioria dos participantes no plebiscito no início de outubro.

Segundo o presidente Juan Manuel Santos, o último texto contém modificações, ampliações ou precisões em 56 dos 57 eixos temáticos renegociados na ilha, a partir das propostas de opositores ao acordo inicial.

O presidente, congressistas, vítimas do conflito, defensores de direitos humanos e outras figuras do cenário político fazem questão da necessidade de validar e implementar o quanto antes o conjunto de convênios.

Com exceção do Centro Democrático, liderado pelo ex-governante Álvaro Uribe, todos os partidos expressaram seu respaldo ao presente acordo pacificador, entretanto, a grande polêmica agora gira em torno do método de referendação pois enquanto muitos aprovam a via do legislativo, alguns falam de Cabildos Abiertos (reuniões com ampla presença cidadã) e inclusive de outro plebiscito.