Venezuela repudia tentativa de ingerência da OEA

A chancelaria venezuelana rechaçou uma declaração da Organização de Estados Americanos (OEA) que impõe condições ao diálogo político entre o governo e a oposição do país.

Delcy Rodriguez - Jorge Saenz/AP

Em um comunicado oficial, publicado nas redes sociais pela ministra de Relações Exteriores Delcy Rodríguez, a nação sul-americana denunciou a perseguição promovida pela organização e seu secretário-geral, Luis Almagro.

A chanceler qualificou este ato como um "assédio da organização contra o país e suas instituições, e uma situação inaceitável para o Estado venezuelano e sua soberania".

De igual forma, Rodríguez saudou as vozes de apoio às negociações que por reiterada convocação do presidente Nicolás Maduro estão desenvolvendo um trabalho com membros da oposição, representados na coalizão de partidos Mesa da Unidade Democrática (MUD).

"Agradecemos aos países que de maneira sincera e permanente têm apoiado a Venezuela e apostado pelo processo de diálogo e ratificamos que este processo avança e requer prudência e paciência dos verdadeiros amigos", indica o texto oficial.

O documento da OEA, que tem sede nos Estados Unidos, tem quatro pontos, e intima o governo de Maduro e à oposição a "alcançar resultados concretos em um prazo razoável".

O mesmo foi aprovado com a abstenção do Equador, e a ausência dos representantes da Bolívia e da Venezuela, que se retiraram do foro em repúdio a essa medida intervencionista.