Delegação brasileira pede apoio a emergentes para conter desmatamento 

A delegação brasileira que participa da COP 22, que começou na segunda-feira (7), em Marrakech, no Marrocos, defendeu maior apoio financeiro aos países emergentes para reduzir o desmatamento e proteger as florestas. O objetivo é deter a emissão de gases de efeito estufa. A participação brasileira na 22ª Conferência Quadro das Partes sobre Mudanças Climáticas conta com senadores, deputados e diplomatas.  

Delegação brasileira pede apoio a emergentes para conter desmatamento

A COP 22, que vai até a próxima sexta (18), discute temas como energias renováveis, biocombustíveis, educação ambiental nas escolas e pagamentos por preservação ambiental.

Para a delegação que representa o Senado — que inclui, além do relator da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), os senadores Jorge Viana (PT-AC), Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) —, o Brasil só tem a ganhar com essa negociação.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que o Brasil e todas as regiões que mantêm grandes áreas de florestas intactas contribuem fortemente para o equilíbrio do clima no planeta, pois elas absorvem o gás carbônico e, com isso, prestam um serviço à natureza e à toda a população. A parlamentar propõe que o Brasil seja pago pelos serviços ambientais prestados.

Ela e os demais senadores da delegação defendem o debate em torno das regras do chamado Redd+ (Redução de emissões decorrentes do desmatamento e da degradação de florestas), que é o mecanismo de pagamento a países por resultados de conservação da vegetação nativa.

O senador Jorge Viana (PT-AC) destacou que a redução de quase 80% do desmatamento dá ao Brasil mais credibilidade nas discussões sobre a questão climática. Lembra, porém, que a derrubada de florestas ainda está relacionada à atividade econômica e social para uma boa parcela da população, especialmente na Amazônia.