Colombianos marcharão para exigir implementação de acordo de paz

Defensores dos direitos humanos, grupos de mulheres e ocupantes do acampamento pela paz na capital convocaram os colombianos a marcharem, nesta terça-feira (15), pela sétima vez, para exigir a urgente implementação do atual pacto com as FARC-EP.

Paz na Colombia - Divulgação

Segundo o portal digital El Espectador, os manifestantes sairão do Planetário e percorrerão parte do centro histórico até chegar à colonial Praça Bolívar, onde 200 pessoas continuam acampadas com o propósito de exigir o fim do conflito.

No sábado passado, representantes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) conseguiram um novo acordo, a partir do documento firmado oficialmente em Cartagena das Índias a 26 de setembro e recusado no plebiscito do dia 2 de outubro pela maioria dos participantes nesse exercício democrático.

Com a peregrinação, prevista para o final da tarde, pretendemos chamar à unidade e reclamar a execução imediata do conjunto de convênios rubricados por ambas partes para pôr fim a um longo confronto, comentaram coordenadores da iniciativa citados pelo site.

Desde o dia 3 de outubro, Bogotá tem sido cenário de grandes marchas encaminhadas a apoiar a saída negociada à guerra interna e defender o cumprimento do acordado entre o governo e as FARC-EP, reajustado agora com proposições dos simpatizantes do voto negativo e outros setores.

O atual consenso inclui mudanças ou precisões em 56 dos 57 eixos temáticos analisados na capital cubana pelas duas delegações de negociadores, entre os quais se sobressaem a justiça transicional, a participação na política e o combate contra o tráfico ilícito de drogas.

Através das redes sociais, o partido União Patriótica, o grupo Paz à rua e personalidades do cenário político nacional insistem a que se participe na mobilização, na qual será exigido o começo dos diálogos formais com o também insurgente Exército de Libertação Nacional (ELN).

Única no continente, a disputa deixou 300 mil mortos, quase sete milhões de deslocados e ao menos 45 mil desaparecidos.