Em São Paulo, trabalhadores paralisam a Sabesp nesta sexta-feira
Cerca de 30 áreas de trabalho da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) amanheceram paradas, tanto na capital quanto no interior, nesta sexta-feira (11), Dia Nacional de Paralisações e Atos.
Publicado 11/11/2016 18:24

As ações foram lideradas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema), um dos maiores sindicatos da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB. Segundo o presidente do Sintaema, René Vicente, além da pauta da retirada dos direitos trabalhistas, proposta pelo governo biônico de Michel Temer, a categoria também debateu temas de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras do setor.
Na avaliação dele o ato foi proveitoso e teve boa adesão. “Debatemos com nossa base, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 que congela investimentos em saúde e educação por 20 anos, a terceirização na atividade-fim, a súmula 277, que prejudica os acordos coletivos”, afirmou o dirigente.
Ele informou ainda que no dia 24 a categoria realizará uma assembleia para avaliar as negociações do Vale Alimentação e o Plano de Cargos e Salários.
Segundo Vicente, a categoria irá se somar ao ato que ocorrerá às 16horas na praça da Sé e reunirá diversas categorias do movimento sindical, representantes do movimento social e da população em defesa dos direitos.
"O remédio é lutar"
Presente na paralisação da Sabesp, o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, destacou que os atos de hoje, pelo Brasil, inauguram uma ampla jornada de luta em defesa dos direitos e contra os ataques impetrados pelo presidente sem voto Michel Temer.
“A classe trabalhadora já sente os efeitos da receita nociva aplicada por Michel Temer em sua gestão sem voto. Sabemos o que está em jogo caso sejam aprovadas no Congresso Nacional a PEC 55, apelidada de PEC do Fim do Mundo, e as reformas da Previdência e Trabalhista. A receita não tem contra-indicação. O remédio é lutar".
“O objetivo neste dia 11 é paralisar, com a maior amplitude possível e mostrar àqueles que querem governar contra o povo que não é possível fazê-lo sem enfrentar muita resistência e indignação popular, avisou Araújo.