Em ato pró-Lula, ex-ministro admite que faltou democratizar mídia

Um dos primeiros a chegar ao ato em defesa da democracia e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizado nesta quinta (10), na Casa de Portugal, região central de São Paulo, o ex-ministro Gilberto Carvalho afirmou que é preciso sair da inércia e ir às ruas conversar com a população. Nesse sentido, ele observou que faltou avançar no debate sobre a democratização da mídia.

Ministro Gilberto Carvalho defende transição na economia - Agência Brasil

"Temos de fazer uma autocrítica séria nesta questão", afirmou. "Nós não informamos o povo. Se tivéssemos fortalecido os meios de informação progressistas, democráticos, certamente seria diferente." Segundo ele, a campanha que começa hoje, denominada "Um Brasil justo pra todos e pra Lula", terá "ação, informação e mobilização".

"Queremos convencer o povo, através de informações precisas e claras", disse. Para o ex-ministro, o golpe representou muito mais que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e sua substituição por Michel Temer, mas foi um ataque à soberania brasileira e aos direitos sociais.

"O que acontece com o Lula é um símbolo, expressão maior dos movimentos sociais. O golpe representou licença para matar", afirmou o ex-ministro, dando como exemplo o ataque aos cinco jovens da periferia de São Paulo e também referindo-se ao ex-presidente.

Na chegada ao ato, um samba tocava na caixa de som.  "Não, não, golpe, não, quem não teve voto tem que respeitar", dizia a letra.