Comissão Política de SP debate sobre quadro político estadual
A Comissão Política do Comitê Estadual do PCdoB de São Paulo se reuniu nessa segunda-feira, dia 7 de novembro, para dar sequência ao debate sobre o resultado das eleições e iniciar avaliação acerca das perspectivas geradas pelos embates deste ano, e cujas linhas principais deverá ser elaboradas na reunião do Pleno da direção estadual de início de dezembro.
Publicado 08/11/2016 19:08 | Editado 04/03/2020 17:15

Foi apresentado um estudo das eleições municipais depois do resultado do segundo turno. O nosso campo sofreu uma derrota tática, num cenário de defensiva estratégica.
O PT, maior partido do nosso campo, elegeu apenas duas prefeituras dos grandes municípios paulistas, Araraquara com o ex-ministro Edinho Silva, e Franco da Rocha, com a reeleição do atual Prefeito Kiko, sendo derrotado na Capital e em todas as cidades do ABC, local onde há 4 anos atrás tinha conseguido melhores resultados.
Merece destaque e melhor avaliação os bons resultados conquistados pelos tucanos em todo o Estado, capitaneado pelo Governador Alckmin, e seu campo político. O PSDB passa a dirigir 21 dos 76 maiores municípios do Estado e destes, 112 são cidades com mais de 200 mil eleitores. Houve importante crescimento de várias lideranças ligadas ao governador que venceram os pleitos majoritários e para as câmaras municipais.
O PCdoB elegeu uma prefeita, em Andradina. Mantivemos cadeiras importantes como Campinas, Osasco, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Taubaté além de voltar a eleger um vereador em São Bernardo do Campo, e eleger em Sorocaba. Todos estas cidades de segundo turno. Além disso teremos vereador em importantes cidades como Sumaré, Lorena, Paulinia e Atibaia. Entretanto, perdemos 30% de cadeiras nas câmaras municipais em relação à 2012. A maior derrota foi na Capital de São Paulo, em que não conseguimos atingir o quociente, deixando de ter representação comunista na maior cidade do país.
O debate nacional também foi tema da reunião. A maioria dos dirigentes divergem das opiniões de que devemos criar uma frente de esquerda “sangue-puro”. Num quadro de extrema dificuldade, não podemos abrir mão de dialogar com o centro. Se caminharmos para isolamento, o centro “cai no colo da direita”. É preciso ganhar a sociedade e a classe política para uma frente ampla com um programa que tenha por centro o Estado Democrático de Direito e enfrente os retrocessos que o governo ilegítimo de Temer tenta impor ao povo brasileiro.
No dia 10 de dezembro esse debate será aprofundado na reunião da Direção Estadual.