Ministro confirma MP que aumenta preço de medicamentos emergenciais

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, confirmou nesta sexta-feira (4), em São Paulo, que o governo está elaborando medida provisória (MP) para permitir que, em casos emergenciais como calamidades e epidemias, os preços dos medicamentos sejam elevados.

Ricardo Barros

Atualmente, os aumentos são impedidos por lei, que autoriza apenas o reajuste compatível com a inflação. De acordo com Barros, a medida está sendo tomada principalmente devido aos aumentos dos casos de sífilis no país, já que o medicamento utilizado no tratamento da doença, a penicilina benzatina, é importado e o governo não tem conseguido comprar quantidades suficientes. então, resolveu atender a reivindicação do mercado, e liberar o aumento de preços.

“O governo prepara uma solução para o abastecimento de medicamentos, que são fundamentais no caso de uma epidemia de sífilis no Brasil por falta de penicilina. Então, precisamos viabilizar economicamente a produção para atender as pessoas. É isso que será feito. Já há uma deliberação sobre isso, que é a que trata da fixação de preços para novos produtos no Brasil, e nós faremos, a partir da flexibilização desses produtos, que precisam estar no mercado para evitar epidemias”, afirmou após participar de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Outra medida que pretende implantar para atender o mercado é o "plano de saúde popular". Ele disse que houve uma reunião na última segunda-feira (31/10) e as propostas iniciais foram colocadas em pauta. Com o discurso de que o plano vem para desafogar o SUS, o governo Temer quer empurrar todos os brasileiros para o "plano de saúde popular" para que paguem as empresas e, assim, acabar com o SUS.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, já ocorreram quatro reuniões e as propostas saíram de um consenso das diversas instituições. “Todas ficaram de retornar com um novo plano de ação que será apresentado daqui a 15 dias”.