Deputados do PCdoB apontam estado de exceção na agressão ao MST 

Os deputados do PCdoB usaram as redes sociais para expressar indignação pela operação policial que foi feita contra a Escola Florestam Fernandes em São Paulo, nesta sexta-feira (4). “Entraram atirando contra estudantes e crianças, como se ali fosse uma organização criminosa”, denunciou a líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), alertando que esta é uma situação própria de estados de exceção e conclamando as forças progressistas a se unirem contra essa situação. 

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Segundo o deputado Chico Lopes (PcdoB-CE), presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara, “isso é só o começo, depois serão os partidos progressistas, os religiosos progressistas …”, anunciou com a experiência de quem combateu a ditadura militar.

Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), “a Polícia Militar confirma seu modus operandi. Invade sem ordem judicial e com truculência, ataca estudantes que estão lutando pela educação e futuro do país. Nossa democracia sangra com tantos ataques.”

O parlamentar anunciou que na segunda-feira (7) vai protocolar o pedido de criação de uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados para acompanhar os abusos da Polícia Militar em vários casos ocorridos no último período. “Não nos intimidarão. Resistiremos!” afimrou o parlamentar nas redes sociais, respondendo ao apelo da colega de Partido, ãoandira Feghali.

Responsabilidade de Temer

Para os parlamentares, a ação truculenta e criminosa da polícia contra os agricultores rurais e os estudantes, que lutam por seus direitos, por um país democrático e por um ensino diverso, plural e cidadão, é de responsabilidade do presdiente ilegítimo Michel Temer.

“Não é admissível que isso aconteça em pleno século 21. Só existe em um estado de exceção, policial, penal, que é o que estamos vendo acontecer no Brasil desde o golpe de agosto. Um estado policial de exceção que está em curso sob a carapaça de legalidade que não está existindo”, afirmou Jandira Feghali, que estendeu o seu apelo de resistência às pessoas que estão dentro das forças políticas que apoiam esse governo mas que reconheçam que isso é inaceitável.

Ao prestar solidariedade ao MST, à Escola Florestan Fernandes e aos estudantes em luta, Jandira reafirmou a disposição de “lutar por um país democrático, que permita a liberdade de manifestação de pessoas que vão a luta em defesa dos seus direitos e, hoje, contra os crimes que estão sendo executados pelo governo Michel Temer.”

O deputado Chico Lopes também acusou o presidente ilegítimo Michel Temer de ser o responsável pela invasão da escola contra os agricultores. Para o deputado, o país não merece isso. “Um povo bom e ordeiro ter um presidente que está promovendo tumulto e distúrbios no país.”