Começa Jornada pela Democracia e contra o Neoliberalismo em Cuba

A Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo começa nesta sexta-feira (4), na Universidade de Havana, em Cuba com uma grande mobilização pelo respeito à soberania e pelo fim das ações de ingerência na ilha.

Manifestação pelo fim do bloqueio a Cuba - Ministério da Comunicação da Bolívia

Este ano a Jornada tem o lema “Porque Cuba é nossa” e conta com representantes da sociedade civil cubana que uma vez mais buscam mostrar aos povos latino-americanos que o país é uma referência de resistência e luta por direitos sociais.

A partir desse foro, o povo cubano exigirá também o fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos há meio século e o fechamento da base naval de Guantánamo.

Igualmente, apoiará os protestos dos povos da região contra a discriminação, os feminicídios e os assassinatos de líderes populares.

Além de Havana, outros países já confirmaram que farão manifestações pela Jornada, entre eles Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e Uruguai.

Todas as ações serão coordenadas sob a palavra de ordem “Nem um passo atrás! Os povos seguem em luta pela integração, autodeterminação e soberania, contra o livre comércio e as transnacionais!”.

A Jornada Continental tem como antecedente o encontro hemisférico de Havana em novembro de 2015 para celebrar os 10 anos da derrota da Alca na Cúpula dos Povos de Mar del Plata, Argentina.

Naquele encontro foram definidos como eixos a luta contra o livre comércio e as transnacionais, pelo aprofundamento dos processos democráticos, a defesa das soberanias e a integração dos povos.

Passados mais de dez anos do fim da Alca, o continente sofre com uma nova contraofensiva das forças reacionárias que buscam uma vez mais dominar a economia dos países latino-americanos a fim de obter lucros e ampliar influência. Hoje há outros acordos e tratados de livre comércio em curso que também ameaçam a soberania dos Estados, entre eles o TTP (Tratado Transpacífico).