Carlos Felipe pede retomada das obras de transposição do São Francisco

O deputado estadual Carlos Felipe (PCdoB) manifestou preocupação, durante o primeiro expediente da sessão plenária da última quinta-feira (03), com o atraso nas obras de transposição do rio São Francisco. Segundo o parlamentar, a obra está paralisada há quase dois meses, após a construtora Mendes Júnior ter desistido de prosseguir o empreendimento e ainda não ter sido substituída por outra construtora.

Carlos Felipe

De acordo com Carlos Felipe, após divergências em relação a quem poderia substituir a construtora Mendes Júnior na continuidade das obras, o Governo Federal, em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU), decidiu abrir uma concorrência para escolher outra empresa.

“Todo o Nordeste está à mercê do retorno dessas obras, porque, desde que elas se iniciaram, nunca houve um período tão longo de paralisação. E em um momento tão delicado de estiagem como vivemos, esse atraso na conclusão da obra, que já está 90% finalizada, traz consequências muito sérias e graves para a população que sofre com a falta de água”, comentou Carlos Felipe.

O deputado cobrou ainda a mobilização da bancada cearense no Congresso no sentido de pressionar o Governo Federal a agilizar o processo de conclusão da transposição. “Falta tão pouco para ela ser concluída, mas já está há muito tempo parada, e não podemos aceitar isso. O Governo Federal precisa tratar essa transposição como um tema urgente e prioritário no País”, defendeu.

Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) também cobrou que o Executivo Federal trate a transposição do São Francisco como uma questão de prioridade nacional.

“A transposição do São Francisco é algo que impacta toda a cidadania nordestina, em especial os cearenses, porque ela vai trazer um benefício ímpar a toda a região Nordeste, que passa por uma crise hídrica gravíssima”, salientou.

Já o deputado Leonardo Pinheiro (PP) ressaltou que a seca é um dos temas mais delicados do País no momento. “De todas as crises que vivenciamos hoje, como a ética, a política e a econômica, considero a crise hídrica como a mais urgente. Estamos no sexto ano de estiagem, as nossas reservas hídricas estão 12% abaixo de suas capacidades, e a transposição do rio São Francisco vai ser algo fundamental para a subsistência de muitas famílias”, assinalou Leonardo Pinheiro.