Gleisi critica PEC: Vão tirar dos mais pobres para sustentar os ricos

Segundo Gleisi Hoffmann, por trás de um discurso de ajuste das contas públicas, fundado no aumento sem precedentes das despesas, o governo esconde a queda nas receitas públicas em 2014 e 2015, ocasionada pela crise econômica mundial e pela desvalorização do preço das commodities no mercado internacional.

"Por isso que não dá para querer fazer um ajuste estrutural na despesa pública por 20 anos, sendo que nos últimos 16 anos nós não tivermos problema com a despesa. Aí nos dois últimos anos, nós tivemos problema com a despesa, por uma questão conjuntural, volto a dizer aqui, porque tivemos uma recessão, e a nossa receita caiu, aí nós vamos cortar todas as despesas por 20 anos? E vamos deixar a população sem ter serviços básicos?"

Para mostrar que a ex-presidente Dilma Rousseff não gastou irresponsavelmente nos últimos anos, Gleisi Hoffmann citou dados do Banco Central sobre o crescimento da dívida líquida. Durante a gestão da ex-presidente, disse Gleisi, a dívida líquida cresceu 31%. Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o crescimento foi de 79%. Mas no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi de 752%, disse a senadora, ao salientar que foi também no governo tucano que a taxa média de crescimento da dívida pública chegou a 27% ao ano.

A senadora coordenou a mesa de debates da Audiência Pública na manhã desta quinta-feira (3) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que analisou as consequências da PEC 55 (anteriormente PEC 241) nas finanças públicas e nas políticas sociais. Á tarde, a senadora fez um pronunciamento na Tribuna do Plenário do Senado.

Assista abaixo: