Freixo: Rio precisa de choque de transparência e democracia

Às vésperas da eleição do novo prefeito do Rio de Janeiro, mais de 20% do eleitorado carioca, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto, ainda não se decidiu sobre os dois candidatos do segundo turno. Nesta entrevista, o candidato do Psol apresenta alguns pontos de sua proposta de governo para a capital fluminense.

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Confira a entrevista com Marcelo Freixo, do Psol:

Jornal do Brasil – Que tipo de choque a cidade precisa já nas primeiras semanas de governo?

Marcelo Freixo – Choque de transparência e democracia. Vamos abrir as caixas-pretas, com a dos empresários de ônibus.

Jornal do Brasil – O problema da segurança pública é permanentemente visível para a população. A questão é do âmbito estadual, mas como a prefeitura pode ajudar? Qual vai ser o papel da Guarda Municipal nas ruas?

Marcelo Freixo – A prefeitura fará um estudo sobre a violência na cidade. Vamos avaliar que tipo de violência acontece em cada bairro e como a GM pode ajudar. Às vezes apenas a GM de forma ostensiva já inibe alguns crimes. Em outros lugares, é preciso um colaboração maior da PM, por exemplo.

Jornal do Brasil – A Prefeitura vai dar prosseguimento aos trechos não finalizados do VLT? As linhas de ônibus voltarão ao trajeto anterior às mudanças que estabeleceram os “Troncais”? Vai ser estabelecido algum tipo de imposto para o Uber?

Marcelo Freixo – Vamos acabar todas as obras já indiciadas, inclusive os VLT's do Centro. Vamos voltar com as linhas que ligam a Zona Norte e Oeste ao centro e Zona Sul. Sobre o Uber, vamos estudar a melhor forma de regulamentar.

Jornal do Brasil – A Prefeitura municipalizou alguns hospitais estaduais, apesar de não estar dando conta do que já tinha para administrar. Essa questão pode ser revista (devolvendo a gestão ao Governo do Estado)? Que medidas urgentes o sr. pretende tomar no âmbito da saúde pública?

Marcelo Freixo – Não vamos devolver ao estado. Isso seria criminoso com a população que não tem culpa desse governo desastroso do estado do Rio. Não vamos fechar nenhuma Clínica da Família. Vamos buscar que o Rio tenha o controle dos leitos federais. Isso vai ajudar a desafogar as filas do SISREG, por exemplo, e melhorar o atendimento.

Jornal do Brasil – O senhor não fez aliança com o PMDB, maior partido na Câmara Municipal, legenda que governo o Estado do Rio e o país. Como fará para governar com a oposição sendo maioria?

Marcelo Freixo – Vou conversar com todos os vereadores eleitos. Não creio que um projeto ruim para a cidade não será apoiado pelos vereadores. Queremos que a população participe da vida do parlamento.