Rússia: EUA e parceiros provocam mortes em massa na Síria desde 2015

A delegação russa no escritório das Nações Unidas em Genebra divulgou um documento mostrando que as ações da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos na Síria levaram a um grande número de mortes de inocentes ao longo dos últimos 12 meses.

Rua de Alepo, em 19 de outubro de 2016

Esse relatório, intitulado "Lista de crimes de guerra cometidos por EUA e aliados na Síria", traz uma análise detalhada das ações da coalizão na república árabe desde o final do ano passado.

Segundo esse documento, a grande série de mortes de inocentes teria começado em 10 de outubro de 2015, quando um ataque da coalizão americana contra uma instalação de energia de Alepo deixou toda a cidade sem eletricidade, incluindo os hospitais, seguido de um bombardeio, em 6 de dezembro, contra um depósito de armas do exército sírio na província de Deir ez-Zor, que matou quatro soldados e feriu outros 16.

Neste ano, em 17 de fevereiro, a coalizão lançou um ataque contra um hospital da organização Médicos Sem Fronteiras em Maarrat al-Nu'man, na província de Hama, matando nove pessoas e deixando outras 26 feridas.

Em julho, no dia 19, outro bombardeio da coalizão, em Alepo, matou 125 civis e destruiu uma série de prédios residenciais na região e, em seguida, outros 41 civis foram mortos em uma vila perto de Manbij. E, no dia 5 deste mês, forças ocidentais provocaram a morte de mais 20 civis em Alepo, incluindo três crianças.

Na última quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia enviou para a ONU uma "Análise Comparativa da implementação dos acordos russo-americanos" na Síria, indicando os esforços feitos pela parte russa para a pacificação do país e para combater o terrorismo internacional.

De acordo com a porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, Moscou pretende mostrar, para evitar especulações, que foram os americanos que falharam em cumprir os seus acordos com a Rússia.