No Paraná, educadores decidem pela permanência da greve

Cerca de 1.600 educadores estiveram presentes, na manhã deste sábado (22), na assembleia do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), realizada em Curitiba. Foram mais de seis horas de debate, no qual a categoria avaliou que a greve iniciada no dia 17 de outubro será mantida por tempo indeterminado. Estudantes e representantes de vários movimentos participaram da atividade.

Sindicato afirma que greve no Paraná é contra a retirada de direitos - Foto: Tiago Tavares

A decisão foi tomada após uma análise da proposta enviada pelo governo Beto Richa, na última quinta-feira (20), no qual ele se comprometeu a retirar o artigo 33, que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que suspende a aplicação da data-base da LDO de 2017. 

De acordo com o documento, a retirada era condicionada a suspensão da greve. Para a maioria, o documento apresentado pelo governo do Estado não atende às expectativas dos(as) educadores(as).

Na votação realizada, 724 votaram pela continuidade da paralisação, enquanto 719 votaram pela suspensão. Foram registradas três abstenções.

Entre os encaminhamentos aprovados, na próxima terça-feira (25) será realizada uma reunião do Conselho Ampliado e a reunião do Comando Ampliado avaliará, conforme o cenário, a necessidade de convocação de uma nova assembleia estadual.

Segundo o presidente do sindicato, Hermes Leão, "não é uma greve de aumento salarial, de ganho. É contra a retirada de direitos".

Os professores em greve também apoiam a luta dos estudantes secundaristas, que ocupam 850 escolas no estado, somando forças pela imediata revogação da PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio.