Debate quer divulgação maior da Lei da Aprendizagem  

O seminário sobre A Criança, o Adolescente e o Mundo do Trabalho, realizado pela Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara, nesta quinta-feira (20), destacou a necessidade de maior divulgação da Lei da Aprendizagem. “Nada é mais importante para a sociedade do que a formação das crianças e adolescentes e os jovens devem ser qualificados para a sociedade e o mercado de trabalho”, afirmou, na abertura do evento, o presidente da CLP, deputado Chico Lopes (PCdoB-CE). 

Debate quer divulgação maior da Lei da Aprendizagem - Ass. Lid. PCdoB na Câmara

A Lei da Aprendizagem determina que empresas de médio e grande porte devem contratar jovens com idade entre 14 e 24 anos como aprendizes. O jovem é capacitado na instituição formadora e na empresa, combinando formação teórica e prática.

Mafra Merys, presidenta da Associação Sergipana de Distribuidores Independentes em Marketing de Rede (Instituto Solidário Estudantil do Empreendedor Individual), que sugeriu a realização do seminário, informou que “apenas 343 mil dos 1,5 milhão de jovens que podem ser beneficiados, estão usufruindo do programa. Achamos que o Ministério do Trabalho deve resgatar o selo Empresa Amiga da Juventude para incentivar os empresários a contratarem jovens por meio da Lei da Aprendizagem”.

Dificuldades

Rudimar Braz de Melo, conselheiro fiscal da Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Técnico (ABMET), disse que, em seu trabalho como auditor, percebeu “que as empresas têm dificuldade em cumprir a lei. Querem contratar aprendizes, mas não sabem como. Ao mesmo tempo, os empresários têm dificuldade de encontrar mão de obra treinada”.

O presidente da ABMET, José Martins da Costa Neto, lamentou a falta de recursos do Governo Federal para investir em educação. “Não acredito que um país tenha desenvolvimento e um povo tenha futuro digno sem investir em educação”, lamentou.