Evo volta a reivindicar direito boliviano de acesso ao mar

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou, nesta quinta-feira (29), que seu país defende a justiça e a força da razão, em relação ao direito de contar com uma saída soberana ao mar.

Evo Morales - AFP

'As verdades doem, as mentiras não duram. A Bolívia está pela justiça e com a força da razão', escreveu Morales em sua conta no Twitter.

A mensagem do mandatário foi emitida dois dias depois do Chile ter afirmado que 'a Bolívia tem sim acesso ao mar concedido em virtude do Tratado de Paz e Amizade de 1904, em plena vigência, complementado em várias ocasiões para maior benefício da Bolívia'.

O país trasandino expressou essa postura na nota que enviou à Organização das Nações Unidas em resposta ao discurso que Morales pronunciou nesse órgão multilateral.

Nessa ocasião, o líder indígena convidou o Chile a acabar com um dos conflitos mais longos da história latino-americana, em referência ao diferendo marítimo.

A nota chilena também afirma que: 'Não procede que o presidente Evo Morales ventile neste foro multilateral suas pretensões marítimas, ainda mais se a Bolívia é o país que levou o tema para a Corte Internacional de Justiça' (CIJ).

A Bolívia nasceu como república em 1825 com litoral para o Pacífico, mas uma invasão chilena em fevereiro de 1879 arrebatou 400 quilômetros de litoral e 120 mil quilômetros quadrados de territórios ricos em minério.

Desde então, reivindica sua causa em diferentes espaços da comunidade internacional até chegar a 2013 à CIJ, de Haia, cujo tribunal estudou cada um dos fundamentos apresentados pelas partes.

Em setembro de 2015, esse tribunal recusou por 14 votos a dois a objeção preliminar mostrada pelo Chile e se declarou competente para atender a solicitação apresentada pela Bolívia