Bancários do Ceará fortalecem greve

Como resposta à intransigência dos banqueiros, em não apresentar propostas às reivindicações da categoria, na última quarta-feira (14), nono dia de greve, os bancários resolveram radicalizar e fechar as agências do principal corredor financeiro de Fortaleza, na Aldeota. A paralisação atingiu as agências dos bancos privados e públicos das Avenidas Santos Dumont e Desembargador Moreira.

Bancários em greve

No nono dia de greve no Ceará foram paralisadas 384 agências, representando 68,4% das 560 do Estado. Na capital, aderiram 187 das 258 unidades, enquanto que no Interior estão fechadas 197 das 303 agências existentes.

“Vamos radicalizar, já que não temos nenhuma proposta favorável às nossas reivindicações. Que nós possamos continuar firmes e fortes, sem desistir em nenhum momento. E, principalmente, que nós estejamos cada vez mais unidos. União é a nossa palavra da ordem”, anunciou Francileuda Pinheiro, diretora do Sindicato e funcionária do Itaú.

“A nossa expectativa é que a categoria se mobilize, continue na luta, porque estamos há mais de um mês em negociação e os banqueiros só nos empurram para a greve. Com essa falta de negociação, com essa radicalização dos banqueiros, nós bancários agora vamos ter que radicalizar. Nós não temos perspectiva de ceder, nem de flexibilizar em nenhum momento, enquanto não vier uma proposta digna que venha dialogar com o que estamos esperando”, disse Rochael Almeida, diretor do Sindicato e empregado da Caixa.