Após reunião com Fenaban, continua greve dos bancários

No Ceará, a categoria fechou 307 agências durante 4º dia de greve.

Após reunião com Fenaban, continua greve dos bancários

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em reunião realizada na última sexta-feira (09), em São Paulo. Na negociação, os bancos propuseram reajuste de 7% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3,3 mil, números que não cobrem a inflação do período, já que o INPC de agosto fechou em 9,62%, e representa uma perda de 2,39%. A proposta anterior dos bancos, apresentada no dia 29 agosto, foi de 6,5% de reajuste e abono de R$ 3 mil e quase não houve mudanças.

A greve dos bancários do Ceará, em seu quarto dia (09), permaneceu com 307 agências paralisadas, das 559 unidades existentes no Estado. Esse é o maior número registrado desde o início da paralisação (06), e a expectativa é que esse número cresça ainda mais.

“Se os banqueiros quisessem atender toda a pauta de reivindicações da categoria, já teriam feito a partir da apresentação da nossa proposta. Acredito que é uma greve forte, crescente e que os resultados virão o mais breve possível. Os bancários, como sempre, não gostam de fazer greve, mas os banqueiros não atendem a pauta da categoria”, avalia Clécio Morse, diretor do Sindicato e funcionário do Santander.

Mais

Entre as reivindicações dos bancários estão, dentre outras demandas, reposição da inflação do período (9,62%) mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho.

Uma nova rodada de negociação já ficou marcada para a próxima terça-feira (13), em São Paulo.