Polícia em SP promove segundo dia de ataques contra manifestantes 

A Polícia Militar de São Paulo segue usando da truculência para sufocar as manifestações que lutam contra o golpe de Estado em curso no país. Desde a última segunda-feira (29) os atos políticos que ocorrem na região da Avenida Paulista são repreendidos com bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e jatos d´água. Nesta terça feira à noite (31) a cena se repetiu e quatro jovens foram detidos e levados à 3º DP, localizada na região central da capital.

Polícia em SP promove segundo dia de violência contra manifestantes - Mídia Ninja

A concentração do ato ocorreu às 18h no Vão Livre do Masp, logo os manifestantes desceram a rua Agusta, passaram pela Praça Roosevelt e seguiram em direção a Redação do jornal Folha de São Paulo. Na região do Largo do Arouche, os policiais usaram bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes e alguns foram feridos durante o ataque.

Momento em que a manifestação passava na rua Rego Freitas, momentos antes da Polícia Militar atacar os manifestantes com bombas.  (Foto: Mariana Serafini) 

Nathália Keron, diretora da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) participou da manifestação e disse como foi abordada pelos policiais, " Deita agora no chão, sua comunista vagabunda", disse o PM à jovem. 

Nathália (de camisa vermelha) foi chama de "comunista vagabunda" pelos policias
 

Jovem ferido durante o ataque da PM. (Foto: Nunah Alle)

Segundo informações da Rede Brasil Atual, o major Telles, comandante da operação, não soube dizer o que motivou a ação da PM para reprimir a manifestação. 

Angela Meyer, ex-presidenta da Uniao Paulista dos Estudantes Secundariatas (Upes) e candidata à vereadora na cidade de São Paulo, relatou em sua página social os momentos de repressão da polícia. 

"A polícia acabou de terminar a força mais um ato, estávamos indo ao prédio da Folha de São Paulo quando fomos encurralados com muitas bombas, novamente, fazendo com que o ato dispersa-se. Vivemos uma situação muito difícil, só uma amostra do que vai ser os próximos dias e os próximos anos desse governo golpista, então precisamos continuar nas ruas, lutando, resistindo, dizendo que está errado. Agora a polícia militar de São Paulo tem o aval do presidente Michel Temer para fazer o que faz, por isso não devemos abandonar a luta", afirma Angela.

Nova manifestação 

Apesar da violência da PM, uma terceira manifestação está marcada para ocorrer na capital paulista nesta quarta-feira (31). A concentração será às18h, na Praça do Ciclista, localizada na Avenida Paulista. Confirme presença aqui. Outra manifestação também está sendo convocada, às 18h no Vão Livre do Masp. Confirme presença aqui.