Carina Vitral defende educação em debate promovido pela revista Época

“Como os jovens podem participar da política?” Este foi o tema do “Debates e Provocações” realizado pela revista Época, em parceria com a Faculdade FAAP, na capital paulista na última segunda-feira. A 9ª edição do evento recebeu a presidenta licenciada da UNE, Carina Vitral, e o economista Joel Pinheiro da Fonseca, considerado a nova cara da juventude de direita no país.

Carina participa de debate com líder da direita e defende educação - Reprodução

O debate foi mediado pelo jornalista Guilherme Evelin, editor executivo da revista Época e teve como objetivo principal abrir o diálogo em torno das diferentes opiniões sobre a política no país, mostrando de que formas os jovens podem se apropriar da política e participar dela ativamente.

Questionados sobre a crise vivida atualmente no Brasil e seus desdobramentos na forma como os jovens enxergam a política, os debatedores relembraram junho de 2013. Para Carina, tal período representa um dos marcos na mudança de comportamento da juventude em relação ao debate político e social.

“Junho de 2013 anunciou um rearranjo na forma do nosso jovem viver a política. As manifestações que se iniciaram pelo aumento da tarifa expuseram muitos outros aspectos simbólicos e políticos. A nossa geração passou a discutir política sim, seja nas redes sociais, nos coletivos, nas conversas informais. Contudo, junho frustrou por não apresentar novos líderes. Talvez seja a hora da gente tomar a política tradicional pra si, pra mudar, não para fazer igual aos políticos, não para chegar lá e nos tornarmos ‘Eduardos Cunhas’. A política serve pra gente tomar pelas mãos a nossa geração e transformar, colocar de cabeça pra baixo essa política dita tradicional”, afirmou.

Joel concordou com a representação simbólica de junho de 2013. “Realmente ninguém queria falar de política em meados de 2004, 2005… Hoje em dia isso mudou. Tem muito jovem interessado. Junho de 2013 mostrou que não nos sentimos representados pelos nossos políticos, por isso é necessário criar meios para chegar no governo, para usar a política democrática que nós temos como mecanismo das mudanças que a gente quer na sociedade”, falou.

Os debatedores falaram ainda sobre economia, educação, o projeto de lei “Escola Sem Partido” e as ocupações de escolas realizadas no início do ano pelos secundaristas na cidade de São Paulo.

Neste ponto, Joel defendeu o fechamento das escolas orquestrado pelo governo de Geraldo Alckmin, sob o pretexto da possível diminuição de estudantes secundaristas no Brasil, devido à mudanças demográficas.

Carina, por sua vez, rebateu o argumento e saiu em defesa dos estudantes secundaristas.

“Se você quer melhorar a escola pública precisa aumentar a qualidade. Aí está o caminho mais fácil: já que não tem qualidade e não tem aluno, não tem estrutura, fecha a escola. Essa é política liberal, essa é a política de Geraldo Alckmin. Eu fico com os estudantes secundaristas que defendem a escola pública e a qualidade da escola pública”, disse.

Você pode assistir ao debate na íntegra no link abaixo: