Wagner: Luta contra corrupção não pode ser feita a qualquer custo

O ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner comentou nesta sexta-feira (29), em sua conta no Twitter, a ação apresentada pelos advogados do ex-presidente Lula à Comissão de Direitos Humanos da ONU contra abuso de poder do juiz Sérgio Moro, que coordena as ações da Operação Lava Jato em primeira instância.

Jaques Wagner

"Nenhum presidente na história do Brasil priorizou o combate à corrupção como Lula e Dilma. Nas gestões petistas, a PF e o MP cresceram em tamanho, estrutura e importância, trazendo inúmeros benefícios ao país", lembrou Wagner.

"É preciso entender, no entanto, que a luta contra a corrupção não pode ser feita a qualquer custo", acrescentou o ex-governador. "Não pode, sobretudo, atropelar direitos e garantias constitucionais, como ocorre nas investigações contra o ex-presidente", prossegue o petista.

"Foi por isso que Lula decidiu apresentar uma petição ao Comitê de Direitos Humanos da ONU. Na peça, que se tornou notícia mundo afora, o ex-presidente alega que tem sido vítima de abuso de poder por parte da Operação Lava Jato", explica ainda Jaques Wagner.

A petição apresentada por Lula à ONU ganhou destaque internacional nesta sexta, com reportagens sobre o tema em veículos como a agência Bloomberg, os jornais britânicos Financial Times e The Guardian e o norte-americano New York Times.

Na petição, Lula alega violação dos direitos humanos na condução da Operação Lava Jato, que tem ele como um dos alvos. O advogado especializado em direitos humanos Geoffrey Robertson, que ficou conhecido por defender Julian Assange, explicou em vídeo que juízes não podem ser promotores, o que segundo ele vem ocorrendo no Brasil com Sérgio Moro.