Congresso da UJS segue com debates sobre a conjuntura política

Antes de mais nada, “olá tudo bem?”. Pode parecer estar, mas com o jornalista Paulo Henrique Amorim, com a presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Luciana Santos, e com toda a juventude que lotou o anfiteatro da Universidade Zumbi dos Palmares, não está nada bem, analisando a atual conjuntura política nacional.

Congresso da UJS segue com debates sobre a conjuntura política

Com o tema “Brasil ninguém apagará seus sonhos: crises e alternativas”, o debate discutiu soluções e a resistência contra o golpe aplicado no Estado Democrático de Direito na nossa nação. “As irregularidades compostas nesse golpe político são muito explícitas”, disse o jornalista Paulo Henrique. O blogueiro também afirmou que a atual conjuntura política e o papel da mídia na manipulação para tirar do cargo uma presidenta eleita por mais de 54 milhões de votos, são assuntos importantes para serem tratados pela juventude.

Umas das bandeiras levantadas no debate foi a defesa de um plebiscito para restaurar a democracia e devolver ao povo o direito do voto. “Demorou para esquerda perceber que essa é a solução. Estamos vendo esse crime bárbaro afetando nosso Estado Democrático de Direito, precisamos vencer as batalhas que se apresentam nesse momento e o plebiscito é a solução”, disse a presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil, Luciana Santos.

Apesar da ausência do ex-ministro Ciro Gomes, os debates seguiram com grande participação da juventude e gritos como “Fora Temer” e “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”.

As flores que brotam do asfalto: por cidades mais humanas, justas e desenvolvidas


Eduardo Suplicy participou na manhã de hoje do Congresso da UJS. Foto: Nara Arruda

Os jovens de diversos cantos do Brasil, que ocuparam o Ginásio Dina do Araguaia, não questionaram a importância do debate sobre as cidades diante do contexto controverso da cidadania brasileira. A mesa foi composta pelo ex-senador Eduardo Suplicy, pelo secretário de Ciência e Tecnologia do estado do Ceará, Inácio Arruda, e Osvaldo Lemos, da coordenadoria de Juventude da cidade de São Paulo.

Para Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia do Ceará e relator do estatuto da cidade, humanizar as cidades é promover políticas públicas que zelem pela cidadania, que podem ser desenvolvidas de várias formas, entre elas, a criação de espaços de convivência equipados, mobilidade urbana voltada para o bem-estar coletivo e escolas de qualidade. Ele destaca que o compromisso dos prefeitos e vereadores com a agenda progressista é fundamental para o enfrentamento dos interesses de setores conservadores como a mídia e as classes ricas.

No entendimento dos presentes, o processo excludente de urbanização das cidades e a falta de planejamento dos espaços públicos diminuem o envolvimento da população com as mesmas.

Nas redes e nas ruas: midiativismo e as mobilizações sociais

Também hoje pela manhã, ocorreu o debate “Nas redes e nas ruas: midiativismo e as mobilizações sociais”. A mesa foi composta pela jornalista Laura Capriglione; Pablo Capilé, do Fora do Eixo; a coordenadora do FNDC, Renata Mielli, e pelo comediante Gustavo Mendes. O debate contou com discursos fortes, motivando o crescimento da disseminação livre de informações honestas, como tem surgido de forma explosiva com as lutas progressistas.


A coordenadora do FNDC, Renata Mielli, participa do debate sobre midiativismo no Congresso da UJS. Foto: Bruno Bou

Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres, ressalta a importância das ferramentas da mídia independente para reportar nossa luta sem depender dos veículos corporativos como antigamente. Também entrou em questão a marginalização que os grandes grupos midiáticos impõem às lutas políticas de esquerda, fazendo com que a opinião pública seja contra os movimentos. Mesclando em muitas coisas faladas por Laura, Capilé parabeniza a linha de frente da UJS e a importância da mídia livre, que contribuiu para a crescimento da esquerda no Brasil durante os últimos 16 anos.

Foram jogados desafios no debate, por Renata, que enfatiza a importância de lutar contra o golpe, o restabelecimento da democracia e a resistência e ocupação nas ruas. “Quem estabelece a narrativa do golpe somos nós”, finaliza.

No encerramento do debate, Gustavo Mendes enfatiza como furar os bloqueios da mídia propondo a comédia que, através do humor “de forma inteligente e sutil”, pode dizer coisas sérias com uma compreensão mais fácil e interessante para combater a tomada de humor dos políticos de direita que ganham Ibope montando personagens.

A esperança de um mundo novo é o socialismo


Altamiro Borges, do Barão de Itararé. Foto: Guilherme Imbassahy

“Vivemos em um mundo em que o velho está podre e o novo ainda não nasceu”

A quarta mesa da manhã dessa sexta (29) durante o 18° Congresso da UJS foi o debate “Canto à esperança de um mundo socialista”, com a presença de Altamiro Borges (coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de itararé) e Tamara Naiz, presidenta da ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos).

Altamiro Borges afirmou, para darmos uma ideia do que foi debatido, que “o capitalismo não serve mais a humanidade, as saídas da crise propostas pelo capitalismo são guerras e exploração dos países subdesenvolvidos, as ideias neofascistas e o neoliberalismo surgem da crise de capitalismo, eles tentam solucionar o problema energético trocando petróleo por sangue”. Dessa forma o debate reafirmou a convicção de que o caminho para um novo mundo é o socialismo!