Contrários ao projeto da Escola sem Partido estão liderando enquete

A página do Senado na web, a E-Cidadania, abriu consulta pública a respeito do Projeto de Lei 193 "Escola sem Partido" que tramita no Congresso Nacional. A proposta do programa é monitorar o que os professores dizem em sala de aula, alegando que há uma doutrinação marxista ocorrendo no país. Pais, educadores e grupos em defesa da educação denunciam que o intuito real é cercear a liberdade de expressão dos professores.

Senado abre enquete sobre o projeto "Escola sem Partido"

Os contrários a implementação do projeto estão liderando a enquete. No início da tarde desta terça-feira (19) somavam-se 1.59700 votos, sendo que, 77648 são favoráveis ao programa e 82052 contrários. Para votar, basta clicar na opção desejada, cadastrar seu nome e email e confirmar o seu voto. 

A  Associação Brasileira das Escolas Particulares (Abepar) pronunciou-se a respeito do projeto. A entidade declarou ao Jornal Estadão, nesta segunda-feira (19), que "é preciso levar em conta que a ação pedagógica se dá por meio de um delicado equilíbrio de forças, de pesos e contrapesos, envolvendo professores, alunos, famílias, escolas e sociedade." Para a associação, "o diálogo franco e aberto é sempre o melhor recurso para a correção de eventuais desvios".

Campanha on-line 

Além da campanha dos educadores contrários o projeto da "Escola sem Partido" internautas que não rechaçam o projeto trocaram suas fotos de perfil Facebook com avatares dizendo " Escola sem pensamento crítico não é escola".

Na página oficial do grupo “defensores da escola sem partido”, há um manual de como salvar as crianças do “monstruoso esquerdismo”, que destrói famílias e degrada crianças inocentes. Desde “a pedagogia totalitária de Frei Betto” à “contaminação ideológica feita pela ditadura do homossexualismo”, os sem partido atacam entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e dão dicas de como os pais podem criar uma notificação extrajudicial para professores “não cometerem o abuso da liberdade de ensinar”.