Estudantes que participaram de ocupações denunciam perseguição

Os estudantes secundaristas participantes das ocupações nos colégios em São Paulo, contrários ao programa do governo Alckmin de reorganização escolar que pretendia fechar 94 escolas em todo o estado, denunciam que estão sendo acusados por furtos e roubos de objetos, durante a ação de luta contra o desmonte da educação promovida pela gestão tucana.

Estudantes que participaram de ocupações denunciam perseguição

Lucas, que estuda no colégio Caetano de Campos do bairro Aclimação, participou da ocupação em sua escola e considera a ação da PM uma represália do Estado. "Isso é uma retalhação, alunos do ensino publico, que resistiram em suas escolas contra a reorganização escolar, estão sendo convocados a prestarem depoimentos, sendo inicialmente acusados por roubo e furto que, segundo os policiais, ocorreram durante as ocupações", denuncia.

Entenda o caso

O Governador Geraldo Alckmin, em novembro de 2015, decidiu fechar 94 escolas estaduais. A ação fazia parte do plano de reorganização escolar, projeto relâmpago que não passou pela consulta de educadores, alunos ou pela comunidade escolar. Contrários a ação, os estudantes secundaristas chegaram a ocupar 200 escolas em todo o estado, ganhando a opinião pública e gerando a rejeição do governador Geraldo Alckmin.

Tentando conter a situação, Alckmin optou pela truculência e, em diversas manifestações, secundaristas foram feridos e presos.

Recuado, o governador foi obrigado a demitir o seu secretário de Educação, Herman Voorwal, e cancelou o plano, porém, educadores e organizações que lutam em defesa da educação denunciam que o plano de reorganização escolar continua sendo implementado por Alckmin.