Movimentos ocupam prédio da Petrobras contra o desmonte da estatal

A Frente Brasil Popular, organização ampla que reúne movimentos sociais, lideranças políticas e a sociedade civil, ocupou na manhã desta sexta-feira (24) o prédio da Petrobras, localizado na capital paulista.

Movimentos ocupam prédio da Petrobras contra o desmonte da estatal - Frente Brasil Popular

Contrários à política neoliberal promovida pelo presidente interino Temer, que entrega a estatal a empresas estrangeiras, os manifestantes ocuparam o prédio no intuito de fazer a defesa da Petrobras, que hoje se encontra sob a ganância dos entreguistas despreocupados com a soberania brasileira. 

Os manifestantes também são contrários ao processo ilegítimo de impeachment, que afastou a presidenta Dilma Rousseff do poder e promoveu a ascensão da direita no país.

O interino declarou não se preocupar com a opinião pública sobre o desmonte da Petrobras. “Vamos apoiar esse projeto [de entrega da estatal] sem nos incomodar com críticas que virão”, declarou recentemente. 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que também participa da ocupação no prédio da estatal, denuncia a prática neoliberal imposta pelo governo golpista.


Dirigente da FUP em ocupação no Prédio da Petrobras 

“Ao longo dos últimos dois anos, a Petrobras vem sendo vítima de um bombardeio midiático que nada tem a ver com os crimes de corrupção que sangram a empresa desde muito antes de 2003 e com os quais jamais fomos e seremos complacentes. Esses ataques têm por objetivo fragilizar a estatal brasileira e com isso justificar a entrega do pré-sal. A FUP e seus sindicatos continuarão mobilizando a categoria e a sociedade brasileira em defesa da soberania nacional. O pré-sal e a Petrobras são os maiores bens que o povo dispõe para construir uma nação com desenvolvimento econômico e social. Não podemos permitir que os golpistas [governo Temer] entreguem esse patrimônio de mão beijada ao mercado. Lutar sempre. Temer jamais”, afirmou em nota a FUP. 

Entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), União da Juventude Socialista (UJS), Movimento pelo Direito à Moradia (MDM) e o Movimento pelos Atingidos pelas Barragens também participam da ocupação. 

Além da ocupação no prédio da Petrobras, a Frente Brasil Popular intensificou a agenda na luta contra o golpe de Estado imposto por Michel Temer e na luta em defesa da democracia.

Confira aqui o calendário de lutas