Morre Tunga, um dos mais importantes artistas plásticos contemporâneos

O escultor, desenhista e artista performático Tunga, um dos mais importantes nomes da arte contemporânea brasileira, morreu na tarde desta segunda-feira (6) no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio. Ele tinha 64 anos e estava internado desde o dia 12 de maio, para tratamento de um câncer.

Tunga - Tiago Queiroz/Estadão

Antonio José de Barros Carvalho e Mello Mourão, nome do artista que ficou conhecido como Tunga, era pernambucano de Palmares, onde nasceu em 1952, filho do escritor Gerardo de Mello Mourão (1917-2007). Radicado no Rio desde os anos 70, formou-se em arquitetura e urbanismo na Universidade Santa Úrsula.

Ao longo de mais de quatro décadas de carreira, Tunga recebeu vários prêmios, entre eles o Prêmio Mário Pedrosa da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), em 1991. Participou das bienais de São Paulo e de Veneza, da Documenta, em Kassel, na Alemanha, e foi o primeiro artista contemporâneo do mundo a ter uma obra no Museu do Louvre, em Paris.

No Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, considerado o maior centro de arte contemporânea do país, duas galerias exclusivas abrigam obras de Tunga, a True Rouge, inaugurada em 2006, e a Psicoativa Tunga, em 2012. Esta última ocupa um espaço de 2.600 metros quadrados.

Para criar seus trabalhos, Tunga investigava áreas do conhecimento como literatura, psicanálise, teatro e ciências exatas e biológicas. Utilizava em suas esculturas e instalações materiais como correntes, fios elétricos, lâmpadas, feltro e borracha.

O corpo do artista deverá ser enterrado nesta terça-feira (7) no Cemitério São João Batista, em Botafogo.