Macri vai tirar da Casa Rosada os quadros de Perón, Allende e Che

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, tomou mais uma medida simbólica, mas que representa muito: os quadros que retratam os líderes históricos da América Latina Che Guevara, Juan Domingo Perón e Salvador Allende serão retirados neste mês da Casa Rosada. As obras integram a Galeria dos Patriotas Latino-Americanos, inaugurada em 2010 pela então presidenta Cristina Kirchner.

Galeria de Patriotas Latino-Americanos - Divulgação/Casa Rosada

Os retratos serão transferidos para o Espaço da Memória e dos Direitos Humanos, local onde antigamente funcionava a Esma (Escola Militar Armada).

O jornal La Nación citou uma fonte próxima ao presidente, sem dizer o nome, que argumentou “toda a coleção de quadros será mantida junta porque foram doações de governos de outros países”. A galeria tem, ao todo, 40 quadros.

Evita Perón, Getúlio Vargas, Simón Bolívar e Pancho Villa também são retratados em quadros da galeria. A obra que representa Bolívar foi doada pelo governo da Venezuela. A mudança é
coordenada pelo secretário-geral da Presidência da Argentina, Fernando De Andreis.

Depois de ser montada no Espaço da Memória e dos Direitos Humanos, a galeria vai continuar com o mesmo nome, porém, receberá outros quadros de dirigentes “de outros espectros políticos”, disse um funcionário responsável pela transição, ao La Nación.

Em fevereiro deste ano, foram retirados da Casa Rosada, a mando de Macri, os retratos de Néstor Kirchner e Hugo Chávez. As duas obras estavam em exibição na sede do governo desde maio de 2015.