Com o ato em Florianópolis já são 18 ocupações do MinC no país

Cerca de 100 manifestantes contrários a extinção do Ministério da Cultura (MinC) e ao Governo Interino de Michel Temer, ocuparam na noite de quinta-feira (19) o escritório do extinto MinC localizado no Largo da Alfândega em Florianópolis. 

Ocupa MinC

O grupo de estudantes da da UFSC, UDESC e IFSC e profissionais ligados a arte ocuparam o local sem previsão de desocupação. O ato continua hoje com diversas atividades culturais durante todo o dia.

Com a ocupação de Florianópolis já são 18 em todo o país. O objetivo principal é reforçar a importância do Ministério da Cultura que foi extinto pelo governo Ilegítimo de Temer.

No mesmo momento, a 300 metros de onde ocorria a ocupação do MinC, outro ato em frente ao Terminal Central (Ticen) organizado pela Frente Brasil Popular reuniu cerca de 900 participantes. Os manifestantes destacaram durante as falas que o governo Temer retrocedeu em todas as questões sociais. e pediram a sua saída.

No MinC, hoje pela manhã, cerca de 40 pessoas permaneciam no prédio. Com cartazes pendurados nas paredes e portas, com títulos, "Artistas Contra o Golpe", " Fora Temer " e "Fica MinC" o grupo quer a volta do Ministério da Cultura e a renúncia do presidente em exercício, Michel Temer.

Perto das 8h, alguns membros da ocupação foram até a porta do edifício e fizeram a primeira manifestação do dia. Um Jogral explicou para a população que passava os motivos da ocupação:

"Ocupamos este espaço para instaurar um ambiente de luta pela ampliação de acesso e desenvolvimento cultural e artístico da sociedade, direitos das mulheres, negros e de toda a comunidade LGBTs, direitos dos povos indígenas, legislação e proteção ambiental, manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas e programas sociais, assim como, o acesso público e gratuito à saúde e educação de qualidade."

Os funcionários da agora Secretária Nacional de Cultura continuam trabalham no prédio normalmente. De acordo com o coordenador do MinC, Alexandre Gouveia Martins, há uma determinação nacional indicando para respeitar "as manifestações democráticas" sem interferir. Por isso, segundo Martins não existe, até o momento, nenhum pedido de reintegração de posse do prédio.

O IPHAN ainda não se manifestou sobre a ocupação do prédio, no qual trabalham sete servidores da área administrativa. A Instituição é uma autarquia federal vinculada ao extinto Ministério da Cultura, é responsável pela preservação do Patrimônio Cultural do Estado.

Com informações dos jornais DC e ND