I Marcha de Mulheres contra a Desigualdade.

O presente envolve o passado e no passado toda a história foi feita pelos homens. Uma das consequências da revolução industrial foi a inserção da mulher no mundo do trabalho, momento que as reivindicações feministas saem do terreno teórico, encontram fundamentos econômicos; seus adversários fazem-se mais agressivos. 

*Por Angelina Anjos

 
 

A burguesia conservadora continua a ver na emancipação da mulher um perigo que lhe ameaça a moral e os interesses. A desigualdade entre homens e mulheres desdobra-se e culmina nas diversas formas de violência contra mulher, tendo suas raízes construídas em alguns mitos consolidados ao longo dos tempos. O poder é entendido como manifestações de correlação de forças centralizadas no controle, na opressão que sugere um dominador e um dominado, arraigado nas relações sociais, culturais, econômicas, políticas e sexuais.

Diante às adversidades jurídicas, políticas e midiáticas enfrentada no Brasil, assume interinamente a presidência da república a figura do peemedebista Michel Temer, através de um processo golpista, e sentencia à zero a participação da mulher nas decisões do país.  É importante salientar que não somos contra os homens, somos contrárias ao anonimato, à invisibilidade, à subjugação, à violência, e toda forma de desigualdade.

A luta por igualdade de direitos não cessa e acontece todos os dias, há séculos. Ainda bem. Muitas mulheres do passado lutaram por nós, e, em nome de todas que nos antecederam, as mulheres paraenses realizarão no dia 05/06, a I Marcha de Mulheres contra a desigualdade, concentração na escadinha do Ver-O-Peso, às 9h.

Levem seus tambores, seus cartazes, seus amores, mães solteiras, casadas, negras, pardas, índias, todas. Vamos juntas, levem flores, cores, seja qual for. Mulheres Paraenses unidas contra o golpe.

Leve o que te representa, o que te faz ter orgulho em ser #MULHER.
*Angelina Anjos é assistente social, atua na Comissão da Verdade do Pará, blogueira e militante do Partido Comunista do Brasil.