Movimentos marcam ato contra Temer e Cunha em sedes do PMDB

Movimentos organizados marcaram atos para estar quinta (12) em frente a diversas sedes locais do PMDB, às 17h. Os manifestantes cobram a prisão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e se colocam contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Temer golpista

“Vamos às sedes do PMDB em todo o Brasil para denunciar o golpe de Temer e Cunha”, dizem, em evento marcado via rede social. Eles acusam o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), de articular, com Cunha, o impeachment de Dilma. O processo, no momento, passa por discussão no plenário do Senado.

"A votação de hoje caminha para a aceitação do processo de impeachment. Isso abre para nós uma nova fase de luta. O governo Temer vai se instalar logo mais com seu corpo ministerial ultraconservador e o seu programa de regressão total nas questões trabalhistas. A perspectiva é que a juventude e os trabalhadores e trabalhadoras radicalizem mais a luta", afirma Thiago Ferreira, do Levante Popular da Juventude, que participa da organização dos atos.

Caso a maioria simples dos senadores presentes na sessão (metade mais um) aceite a instalação definitiva do processo na Casa, a presidenta será afastada de seu cargo por até 180 dias. Nesse período será julgado o mérito do impeachment no Senado, e garantida a defesa de Dilma. Enquanto isso, Temer assume o cargo de chefe do Executivo.

“Temer é hipócrita e traidor! Enquanto foi bom para ele estar ao lado do governo, ficou, quando a água começou a bater na bunda, logo mudou de lado, fingindo não ter responsabilidade nenhuma sobre os rumos do Brasil”, acusam os manifestantes. “É para ele que entregam o país! Vamos denunciar”, completam.

O Levante Popular da Juventude acusa, em nota, o PMDB de “encabeçar todo o processo”. Temer é acusado de pretender implementar uma agenda neoliberal no país, privilegiando o empresariado e prejudicando trabalhadores. “O que se pretende com essa arbitrariedade é a implantação de um novo projeto que entrega o país novamente nas mãos do capital internacional, que sucateia instituições públicas e que tira direitos dos trabalhadores”, afirmam.

Em São Paulo, os manifestantes devem se concentrar em frente à sede estadual peemedebista, na rua Manoel de Nóbrega, 1489, no bairro do Paraíso, na zona sul. Estão programados atos no Amazonas, Ceará, Bahia, Sergipe, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.