Estudantes de SP seguem na luta contra o sucateamento da educação

Os secundaristas de São Paulo, que ocuparam na semana passada a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), seguem firmes na luta contra o sucateamento da educação no estado e pelo direito à merenda, pois foram diretamente prejudicados com o esquema da máfia na compra de alimentos de cooperativas, gerando um impacto nos colégios, que servem em suas refeições bolacha água e sal aos estudantes. Fernando Capez (PSDB-SP), presidente da Alesp, é apontado como envolvido do esquema. 

Estudantes de SP seguem na luta contra o sucateamento da educação - Mídia Ninja

Os estudantes secundaristas realizam uma marcha unificada na manhã desta terça-feira (9) pelo centro de São Paulo, em busca do “ladrão da merenda”, Fernando Capez (PSDB-SP), que é investigado pela operação "Alba Branca" no esquema de ganho com propinas na compra das merendas. 

"Queremos mostrar para o Estado que a gente não está de brincadeira. Aqui reivindicamos uma coisa digna e o governador tem que se ligar. Nós não negociamos, temos as pautas claras: queremos merenda", diz o estudante João.

A marcha foi convocada em apoio às mais de 20 escolas ocupadas nesta terça-feira em todo Estado de São Paulo, principalmente as escolas técnicas, Etecs. Ela vai seguir pela Avenida do Estado até a avenida Cruzeiro do Sul, terminando no parque da Juventude. 


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O Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc) do Ministério Público do estado de São Paulo (MP-SP) abriu inquérito para apurar problemas de fornecimento de alimentação aos estudantes de escolas técnicas do estado (Etecs), administradas pelo Centro Paula Souza (CPS), que é uma autarquia estadual.

Privataria Tucana: R$ 44,1 em cortes para educação

Os estudantes que ocupavam o Centro Paula Souza há uma semana, lutando contra os cortes na educação e pelo direito à merenda, pois o governador Geraldo Alckmin cortou no ano passado R$ 44,1 milhões a menos do que em 2014 em obras, instalações e compra de equipamentos e material educativo nas Etec e Fatecs, foram obrigados a desfazer a ocupação na última sexta-feira (6) em um processo violento de reintegração de posse. 

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