Chanceler do Equador: o golpe é contra a integração

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Guillaume Long, afirmou que o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff é, na verdade, uma tentativa de “debilitar a integração”.

Guillaume Long - Andes

Long participou de um programa da emissora multiestatal Telesur na noite desta segunda-feira (9) e falou sobre a contra-ofensiva que atinge o processo progressista em curso no continente há mais de uma década.

Para o chanceler, os países progressistas vivem “uma ameaça constante contra suas democracias”. E o que está acontecendo agora no Brasil é uma ação mais incisiva para avançar sobre todo o continente. Long deixou claro que qualquer tentativa de ingerência na região será “severamente rechaçada” pelo governo do Equador.

“Estão tentando debilitar a integração, os organismos que criamos [como Unasul e Mercosul], mas nas tragédias, como a que aconteceu no Equador há um mês [terremoto que devastou parte do país], nos demos conta de que estamos mais unidos que nunca, ainda que nos momentos mais duros”.

Imediatamente após o terremoto no Equador os países progressistas como o Brasil e a Venezuela enviaram ajuda humanitária. “Os aviões venezuelanos foram os primeiros que chegaram no Equador, logo depois do terremoto, agradecemos enormemente”, afirmou.