Campinas realiza ato contra o golpe

O PCdoB convocou um ato contra o golpe para a sexta-feira (06/05). Realizado na Associação Campineira de Imprensa, a atividade teve como tema: A crise política e os caminhos para barrar o golpe. Os debatedores convidados foram o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), a advogada, professora e coordenadora do Curso de Direito da USF (Universidade S. Francisco/Campus Campinas), Adelaide Albergaria, e o vereador Gustavo Petta (PCdoB).

O auditório da ACI estava lotado com a presença de militantes e dirigentes do PCdoB de Campinas e região, de militantes do PT, do PSOL e do PCO, quando a presidente municipal do PCdoB, Márcia Quintanilha, abriu os trabalhos passando a palavra imediatamente à doutora Adelaide.

A advogada detalhou o golpe político que está sendo tramado mostrando que os parlamentares da oposição sempre fogem do debate quando surge o questionamento sobre legalidade jurídica do processo. Ela também informou que contestou a participação da OAB/Campinas nos atos pro impedimento cobrando explicações, que até agora não foram fornecidas, sobre quem pagou pelo material distribuído.

Orlando fez uma retrospectiva do golpe no Brasil e do retrocesso político em andamento na América Latina. Lembrou dos golpes em Honduras e no Paraguai – este último consumado em 24 horas – e dos ataques aos governos Chaves/Maduro (Venezuela), Evo Moraes (Bolívia), Cristina Kirchner (Argentina) e Rafael Correa (Equador). Relembrou que a primeira tentativa de golpe no Brasil ocorreu logo após a derrota nas eleições presidenciais de 2014, quando pediram a recontagem de votos. Sem sucesso, quiseram uma auditoria externa nas urnas eletrônicas. Novamente derrotados, tentaram barrar a posse c om uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Vendo que não havia outra saída, buscaram o apoio da oligarquia midiática para promover uma intensa campanha de desestabilização do governo Dilma Rousseff.

O deputado reforçou que não é a primeira vez que uma tentativa de golpe acontece tanto em nosso país quanto no continente. Por sua ação golpista contra a presidente eleita, o vice-presidente, se conseguir, fará um governo ilegítimo por não ter se empenhado em defender a democracia brasileira.

Gustavo Petta ressaltou a importância da manutenção da luta políticas nas ruas. “Não vamos aceitar o governo Temer, vamos continuar com as nossas mobilizações pelas ruas de todo o país”, defendeu o vereador. Para ele, é preciso que estejamos preparados para realizar novas ações, pois é a força do povo que tem condições de barrar o golpe contra as urnas.

De Campinas.