Fiscais do Município de Fortaleza decidem entrar em greve

Fiscais do Município começaram na última quarta-feira (30/03) greve por melhoria salarial e das condições de trabalho. A categoria reivindica a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e afirma que a remuneração dos profissionais de Fortaleza é a menor do Brasil. Com a paralisação, fiscalizações feitas pelos agentes, como a inspeção de resíduos sólidos e da vigilância sanitária, serão afetados. O movimento começou na sede da Agência Municipal de Fiscalização (Agefis).

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A fiscal e presidente da Associação dos Fiscais do Município (Afim), Ana Lúcia Oliveira, alertou que a greve deve dificultar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

De acordo com os fiscais, desde setembro do ano passado, a categoria negocia com a Prefeitura. “A Prefeitura quer nos dar, temporariamente, um abono de R$ 200. Nós não aceitamos. Estamos abertos à nova negociação”, afirmou Ana Lúcia. Pela proposta, o abono seria repassado aos fiscais até dezembro deste ano e, em janeiro de 2017, o novo PCCS entraria em vigor.

Em nota, a Agefis informou que o anúncio da greve foi uma “surpresa” pois no último dia 16 os servidores concordaram com o recebimento do abono ao longo deste ano. “A Agefis também destaca que, mesmo numa situação financeira delicada, que desafia a administração pública em todo o País, a Prefeitura tem se esforçado para valorizar o trabalho do fiscal municipal”, informou a agência municipal.

Hoje os profissionais devem realizar nova manifestação em frente ao Paço Municipal. Os fiscais do Município realizam trabalhos de vistorias voltados para vigilância sanitária, meio ambiente, resíduos sólidos, obras públicas e privadas, entre outras atribuições.