O pato virou a galinha dos ovos de ouro do Estadão

Nem queira pensar em quanto custou o que você vê aí em cima e que antigamente chamava-se homepage do Estadão.

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço

O pato do Estadão.

Entregar a cara da capa do jornal de verdade – porque a internet é perto de 100 vezes o tamanho do jornal impresso – à campanha golpista da Fiesp, de fato, não tem preço.

Certamente mais que os R$ 5 milhões que custou, no mínimo, a avalanche de anúncios nos jornais de papel.

É o custo do espaço, da dominância e da integração à página (pop-up, aquela nova janela que abre e você , irritado, fecha, é mais barato) e mais o custo das assinaturas que você vai perder pela partidarização do jornal.

Bufunfa preta.

Já estou chegando à conclusão que a Fiesp pagou um “bolsa-família” até o fim de centésima geração dos Mesquitas e dos Frias. E não é de mortadela, não, é de presunto de Parma.

O PT, porém devia ajudar o Paulo Skaf a pagar esta conta.

Porque nada, até hoje, mostrou tão fortemente o caráter de classe do golpismo.

Se o PT não fosse tão fresco, eu chamava o dia 31 de o Dia da Mortadela, que o povão come com gosto.

E para qual a classe média torce o nariz.

Há 60 anos, o favoritíssimo udenista Brigadeiro Eduardo Gomes – “é bonito e é solteiro, o Brigadeiro” – arrebentou-se com a versão de suas palavras que lhe fez o varguista Hugo Borghi – que também não era nenhuma pérola – por dizer que não precisava dos votos dos “marmiteiros”.

Nem é preciso dizer em quem os marmiteiros votaram: contra o Brigadeiro, em Dutra ou em Yêdo Fiuza.

A Fiesp colocou o impeachment nu na praça: é o desejo dos ricos, dos empresários, de quem tem muito dinheiro a ganhar com a queda do governo eleito pelos marmiteiros.