Democracia com a nossa cara: quem sairá às ruas nesta sexta 

“Quando o regime democrático está em jogo, não devemos nos calar.” Essa máxima é consenso entre os milhares de manifestantes que ocuparão as ruas nesta sexta-feira (18) em todo o país, denunciando um golpe que está em curso contra a presidenta Dilma Rousseff e a agenda de intolerância e ódio que a direita impôs aos brasileiros após serem derrotados nas últimas eleições. Ao Portal Vermelho, vários cidadãos que irão à manifestação explicam a importância da luta contra o retrocesso.

Democracia com a nossa cara: quem sairá às ruas nesta sexta

“Eu irei para as ruas no dia 18 porque não permitirei que o projeto de governo popular no qual eu e mais 54 milhões de brasileiros elegeram como o mais apropriado para nosso país seja derrubado por um golpe.” Diógenes Junior, cientista social. Porto Alegre 


“Amanhã é o dia das negras, das transexuais, mulheres, pobres. Amanhã é o dia de todos os segmentos marginalizados e invisibilizados deste país. É dia de fazermos um balanço honesto dos direitos conquistados nos últimos 13 anos, das nossas vitórias e do que há por vir. Amanhã é dia de dizer que a direita não vai avançar, que os opressores não ressuscitarão; é o dia de dizer-lhes que suas mordaças já foram destruídas e que nós continuaremos avançando. Por isso, amanhã é dia de ir para as ruas pela garantia do mandado da presidenta Dilma, pela democracia e pelo Brasil. Não vai ter golpe",
Danieli Balbi, estudante da UFRJ. Rio de Janeiro 

 

“Oi Brasil! Começo meu depoimento dizendo que em meu DNA tenho a resistência dos desfavorecidos. Sou filha de Claudia Rodrigues, negra, filha de um baiano com uma índia. Sou filha de Elder Vieira, filho de nordestinos, avô sindicalista. Sou da geração que viu o Brasil evoluir, sou da geração que entrou na universidade pública, graças ao Reuni, ao Enem. Sou a primeira neta, das duas famílias, a entrar em uma universidade pública. Defendo o mandato da presidenta Dilma, pois acredito na mudança pra um Brasil melhor. Acredito que temos que avançar cada vez mais! E não vai ser com Aécio, Moro ou com Bolsonaro que isso vai acontecer. Eles querem que nós voltemos pra trás! Venham conosco dia 18. É pelo projeto das melhoras, é pela democracia! A saída será sempre à esquerda em prol do desenvolvimento nacional. Se o presente é de luta, o futuro nos pertence! O Socialismo Vive, e a Juventude quer avanços!”
Nina Rodrigues, estudante do Ifesp. São Paulo 

“Estarei nas ruas para defender a democracia, para que seja respeitada a vontade expressa nas urnas por mais de 54 milhões de brasileiros. Não podemos aceitar que um juiz de primeira instância, aliado do PSDB, com pretensões políticas, adapte a Constituição aos seus interesses, dando fim à presunção da inocência e outras prerrogativas legais. Não podemos aceitar que o capital, as elites e a grande mídia, em especial, o entulho da ditadura que é a Rede Globo, continuem a manipular a nação. Vou às ruas porque esses ataques não são se limitam a Dilma, Lula, mas são sim ataques desferidos a todo o movimento sindical, estudantil, social. Enfim, à esquerda como um todo. Ir às ruas nessa sexta-feira é se posicionar na luta de classes.” Maycon Chagas, jornalista. Juiz de Fora (MG) 

“Eu vou pra rua amanhã, porque eu quero mais direitos pra classe trabalhadora, mulheres, LGBTs, negros e negras. Vou pra rua defender o Estado Democrático de Direito, defender o meu voto, e o principal, defender um governo eleito democraticamente. Vou também contra o ódio e o fascismo que estão ascendendo, não podemos deixar o fascismo assombrar o Brasil mais uma vez!” 
Nathália Keron, estudante de direito. São Paulo 

"Os maiores legados que recebi de meus pais foram a defesa irrestrita da liberdade e da democracia. Aos oito anos de idade participei do comício de Lula na Praça da Estação. Amanhã, mais uma vez, sairemos juntos pelas ruas de Belo Horizonte em defesa do Estado Democrático de Direito e contra o golpe”.

Mariana Viel, jornalista- Belo Horizonte


"Vou para rua amanhã não só para defender a democracia, o estado de direito e que a justiça, de forma imparcial, continue com o seu dever de apurar os fatos. Mas também para exigir mais bolsas e lutar pela moradia universitária".

Otávio Costa, estudante de Economia na Unila- Paraná. 

 

“Vou às ruas em defesa da democracia e estabilidade política do país. Porque acredito que somente garantindo a estabilidade o país poderá seguir nas mudanças iniciadas nos últimos anos. Vou as ruas porque acredito que somente assim poderemos tirar o Brasil da crise”.

Ulisses Silva, mestrando em População, Território e Estatisticas Públicas.  Primeira pessoa da família com curso superior e ingressar na pós graduação, Rio de Janeiro.

 

 

 

"Há momentos na História em que é impossível não ter lado. Ir às ruas amanhã é mais do que defender Lula e Dilma. É defender tudo aquilo pelo que lutaram, arriscando suas vidas e até pegando em armas: Democracia, Justiça, Desenvolvimento para todos e não para alguns! Não ir é virar as costas para nossas conquistas e para o sacrifício de gerações de lutadores e lutadoras". 

Marcelo Diniz, Estudante de Comunicação Social da UFPE- Jaboatão dos Guararapes (PE)

 

 

 

"Defendo a democracia e digo não ao golpe. O governo Dilma Rousseff foi legitimamente eleito e não existe motivos legais que justifiquem seu impedimento".

Cora Silva, economista, funcionária pública aposentada pelo Banco Central.

 

 

 

"Vou para a rua defender o maior bem do povo brasileiro, a democracia. A juventude tem que tá de prontidão para garantir a liberdade, defender o Brasil do golpismo. Esse é o meu dever como jovem, lutar por mais direitos e esses direitos só serão possíveis na democracia".
Sarah Cavalcante, estudante de jornalismo da UFC- Ceará