Justiça mantém condenação de “Japonês da Federal” por corrupção

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso do agente Newton Hidenori Ishii, que ficou conhecido como “Japonês da Federal”, ao aparecer constantemente escoltando presos da Operação Lava Jato. De acordo com o ministro Felix Fischer manteve a condenação do japonês e outros dois policiais federais acusados de fazer parte de uma quadrilha que facilitava o contrabando via Foz do Iguaçu, cidade do Paraná que faz fronteira com o Paraguai e a Argentina.

japonês da federal

Ishii figurou como um dos heróis dos atos deste domingo (13) convocados pela direita conservadora. Ele é apontado um dos responsáveis por vazamentos sobre as investigações, depois que conversas entre o senador Delcídio Amaral e assessores fizeram menção ao “japonês bonzinho”.

O agente, que atualmente goza da confiança do comando da Polícia Federal no Paraná, chegou a ser preso e expulso da corporação em razão dos processos que responde, fruto da Operação Sucuri, responsável pela prisão de outros 22 agentes da Polícia Federal, sete auditores da Receita Federal e três Policiais Rodoviários Federais suspeitos de participarem do esquema.

Mas a ficha de Ishii também tem outros processo em andamento. Ele responde por um processo administrativo e um por improbidade administrativa relacionados ao mesmo caso. Ele foi condenado em primeira instância em 2009 e, desde então, recorre aos tribunais da punição. No recurso, os réus questionavam a legalidade das provas obtidas via interceptação telefônica e a determinação da Justiça de perda dos cargos.

Cabe recurso da decisão à turma, já que a decisão foi monocrática, e também ao pleno do STJ. O caso corre em segredo de Justiça.