Mais um líder camponês é assassinado na Colômbia

A violência política começa a tomar proporções cada dia maiores na América Latina. Depois do assassinato de Berta Cáceres, em Honduras, e do governador indígena William Alexander Joiner, na Colômbia, nesta segunda-feira (7), o país foi palco de mais um crime contra dirigentes populares. O líder comunitário e defensor dos Direitos Humanos, William Castillo Chima, foi assassinado no departamento de Antioquia, na região Norte.

Indígenas colombianos - Efe

William foi o fundador da Associação de Irmandades Agroecológicas e Minerais de Guamocó, e atualmente era o tesoureiro da instituição. Segundo informações da imprensa local, o crime aconteceu por volta das 18 horas em um estabelecimento público, um grupo de homens não identificados foi visto saindo do local.

O ativista ganhou notoriedade ao denunciar o despejo de camponeses na cidade de Bagre feito por paramilitares em janeiro deste ano. Ele se posicionou ao lado dos trabalhadores rurais e recebeu ameaças do crime organizado.

Moradores de Bagre denunciam que a insegurança segue sem receber a devida atenção das autoridades militares locais. Eles acusam o Estado de ser ineficiente diante do paramilitarismo que é responsável por desaparecimentos forçados, invasões, saques, assassinatos e ameaças.

Crimes ideológicos no Brasil

No Brasil, só neste ano três dirigentes de esquerda foram assassinados. No começo do mês de fevereiro a cena do corpo nu, com sinais de estupro e estrangulamento da líder quilombola Francisca das Chagas Silva chocou o país. 

No dia 9 de fevereiro o militante do PCdoB, Moisés da Silva Gumieri, prefeito do município de Chiador, em Minas Gerais, foi assassinado a tiros. Apenas três dias depois, o presidente do partido em São Domingos do Araguaia, no Pará, Luis Antonio Bonfim, teve o mesmo fim do camarada mineiro.