Eliana Gomes – 8 de março: Defender a democracia, conquistar direitos

O Dia Internacional da Mulher expõe debates relacionados à participação social, à igualdade e à democracia com participação feminina nos mais diversos segmentos sociais. Mesmo com uma mulher conduzindo a nação e sendo a maioria do eleitorado brasileiro, ainda temos um Congresso majoritariamente masculino cujo parte mais conservadora se opõe aos avanços femininos e ainda tenta retirar os direitos que conquistamos com muita luta.

As políticas públicas com recorte de gênero que buscam promover educação, saúde, moradia e direitos trabalhistas sempre foram demandas dos movimentos feministas. Estas só foram efetivadas devido à sensibilidade dos governos Lula e Dilma, que avançaram na difícil interesetorialidade das ações institucionais.

Essas conquistas nos estimulam a lutar por mais direitos. Por isso defendemos nossas causas e não cansamos de lutar para ampliar a democracia, jovem conquista do povo brasileiro. A reação diária da elite e dos setores mais conservadores, ainda inconformados com a derrota sofrida em 2014, tenta a todo custo desconstruir um projeto de distribuição de renda e que beneficia as camadas mais pobres do País. Como sempre, bradam por moralidade e esquecem a trave que lhes impede a visão, esquecem a desigualdade social da qual sobrevivem. Portanto, é preciso ganhar às ruas e dialogar com mulheres e homens de todas as idades, pois o objetivo da minoria historicamente privilegiada é retornar ao poder que só promoveu exclusão, desigualdade, fome e opressão. Se pretenderem retomar o poder que pouco deixaram de ter, que o façam nas urnas. A democracia não permite atalhos.

Neste 8 de março, nossa participação honrará a história dos movimentos femininos e continuará firme na defesa democracia. É um momento crucial especialmente para as mulheres, pois as nossas conquistas e propostas são ameaçadas pelos mesmos setores que pretendem atalhar a vontade popular. É a consciência conquistada por mais mulheres a cada dia que vai ajudar nossa gente a ocupar as ruas em defesa do Brasil e contra a reação arbitrária ao rumo que nossa nação merece seguir: o de construir um País socialmente justo e igualitário para mulheres e homens.