Nivaldo diz que valorização do emprego no país precisa de novo impulso

Em artigo divulgado na sexta (22) no blog do Renato, o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, afirmou que a saída da crise está na retomada das políticas de valorização do emprego. Dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego de 2015 (Caged), do Ministério do Trabalho, apontam a perda de 1,5 milhões de empregos formais e mesmo diante deste resultado o Brasil tem um estoque formal de 39,6 milhões de empregos.

trabalhadores no mercado forma brasileiro

“Esses números indicam que, ao contrário do que prega a oposição conservadora neoliberal, o que o Brasil precisa, de fato, é de estabilidade institucional e papel protagonista do Estado para criar as condições de retomada do crescimento econômico”, avaliou Nivaldo, que também é secretário sindical nacional do Partido Comunista do Brasil (PcdoB).

Relatório da Organização Internacional do Trabalho, divulgado neste ano, indica que o total de desempregados no mundo atingirá 199,4 milhões. Desse número, 30 milhões ficaram desempregados por conta da crise capitalista de 2007/2008. O relatório ainda diz que 1,5 bilhão de pessoas no mundo têm emprego vulnerável, com baixa produtividade, baixa remuneração e falta de proteção social.

Em 2014 o Brasil apresentou o menor índice de desemprego da história e em 2015, mesmo com a perda de mais de um milhão de empregos, o país mantém alta taxa de empregos formais, ou seja, trabalhadores com direitos e garantias assegurados.

Na opinião de Nivaldo, para que essas conquistas não retrocedam “cobra-se uma política macroeconômica que favoreça o aumento dos investimentos públicos e privados e abra novas perspectivas de emprego e salário para os trabalhadores brasileiros”.

Em coletiva no dia 21 de janeiro, durante a divulgação dos dados do Caged, o ministro do Trabalho e Emprego, Miguel Rossetto, ressaltou que “a prioridade do governo em 2016 é a reversão do cenário negativo, recuperação do crescimento econômico e da geração de empregos, com mais crédito, exportação, investimentos nas concessões, especialmente na infraestrutura, redução da inflação e retomada da atividade do mercado interno”.

Nesta quinta (28), acontecerá a primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, que tem como um dos pontos de pauta a retomada do desenvolvimento.