Governo conta com retomada do crescimento para aumentar empregos

Em coletiva de imprensa, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rosseto, afirmou que o governo conta com a retomada do crédito, a elevação das exportações, a recuperação do mercado interno e os investimentos em concessões para criar empregos este ano. A declaração foi dada após a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indicam fechamento de 1,5 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada em 2015.

Miguel Rosseto

“2015 foi um ano difícil. Os números não são bons”, disse Rosseto. “Mas as conquistas dos últimos anos estão preservadas, pois o estoque de empregos continua alto”, completou.

O ministro reconheceu que há um cenário internacional restritivo. Mas elencou fatores que podem ajudar a mudar a trajetória declinante da atividade econômica, e, assim, impulsionar o mercado de trabalho. Na ocasião, citou a expansão do crédito, aumento dos investimentos via concessões, câmbio, recuperação da indústria nacional e do mercado interno com a queda da inflação. 

“As iniciativas de 2015 foram tomadas, a começar pelo ajuste do câmbio, que começa a ter efeitos positivos”, afirmou.

“Expectativa de redução da inflação, investimentos a partir das concessões, todas essas iniciativas e retomada de crédito, que vem sendo pautada e trabalhada pelo ministro Nelson (Barbosa, da Fazenda) e pela equipe econômica, todos esses movimentos vão no sentido de alterar esse quadro e retomar a nossa atividade econômica. É isso que nos dá confiança”, acrescentou.

Segundo Rossetto, o governo trabalha para direcionamento de crédito especialmente para o capital de giro de pequenas e médias empresas, para desafogá-las. Ele também citou uma demanda forte em áreas como a construção civil e chamou a atenção para o aumento das exportações, diretamente beneficiadas pela alta do dólar em relação ao real.

“Ampliar os investimentos em áreas como construção civil tem resposta imediata e é isso que estamos fazendo. Portanto, achamos sim que há um espaço forte de expansão do crédito com expansão da demanda e geração de trabalho e emprego”, afirmou.

Rossetto também comentou a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 14,25%. Segundo o ministro, o crescimento econômico é o objetivo essencial do governo.

“O Banco Central trabalha na sua autonomia, mas é uma sinalização de estabilidade dentro de um esforço nacional de recuperação da atividade econômica. O crescimento econômico é a meta fundamental e, portanto, esta posição de estabilidade sinaliza uma possibilidade positiva de respondermos à prioridade de crescimento econômico neste ano no país.”