Atividades do Fórum Social evidenciam movimento comunitário e negro

A Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam) completou no dia 17 de janeiro 34 anos de existência. A União de Negros pela Igualdade (Unegro) chega aos 28 anos em 2016. São entidades que vivenciaram o Fórum Social Mundial desde a criação e veem na programação desta edição temática, que acontece até o dia 23 em Porto Alegre, a presença da pauta da militância, que está cada vez mais mobilizada e protagonista

Por Railídia Carvalho

Movimento comunitário no Fórum social mundial 2016 - Facesp

Para a presidenta da Federação das Associações Comunitárias de São Paulo (Facesp), Maria José da Silva, a Lia, o movimento comunitário se mostra mais forte, consciente e coerente. Lia lembrou que isso se deve também ao fortalecimento de entidades como a Conam.

Segundo ela foi o movimento construído nas ruas por diversas frentes da luta comunitária que trouxe a militância para “as ruas de Porto Alegre lutando por mais democracia, debatendo e travando a luta de ideia e defendendo a democracia e direitos dos povos”.

Na agenda do Fórum o movimento comunitário será debatido em diversas atividades que vão abordar a realidade dos despejos no Brasil e no mundo, a função social da cidade e democracia, participação política e comunitária.  

Edson França, presidente nacional da Unegro, lembrou que os temas e as lutas do movimento negro também estão presentes de forma marcante no fórum ou através dos temas específicos ou através da presença de lideranças negras entre os convidados ou como mediadores.

O próprio Edson será mediador nesta sexta (22), às 14h, da mesa “O imperialismo em crise ameaça o povo com guerras e agressões”.

“Além das ideias, um novo mundo é possível com ações e cada vez mais se compreende a necessidade de o Fórum criar mecanismos que permitam pactuar pautas e ações”, afirmou Edson. Segundo ele, a militância vivencia neste período um “processo de construção progressiva de entendimentos para o futuro do Fórum”.

Edson citou a Assembleia dos Movimentos Sociais, que pela primeira vez faz parte do calendário oficial do Fórum, como um momento de grande expressão da luta popular e que será mais um espaço para as contribuições que as diversas entidades possam oferecer no encontro.

Marcha

Edson falou com entusiasmo da Marcha de Abertura do Fórum que, segundo ele, deve ter ultrapassado os números oficiais da grande imprensa, que estimou em 10 mil pessoas. “Acompanhei toda a marcha e deveria ter de 20 a 25 mil pessoas”, acrescentou.

Agenda

21/01 – 10h – Oficina da Aliança Internacional de Habitantes: “A Luta contra os Despejos no Brasil e no Mundo” – Campanha Despejo Zero e Habitat III – Tenda 1 da Redenção – Av. João Pessoa, s/n, Cidade Baixa;

22/01 – 9h – Atividade de Convergência do Movimento Negro – Largo Zumbi dos Palmares